Questões de Português do ano 2016 do ENEM

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Listagem de Questões de Português do ano 2016 do ENEM

#Questão 850494 - Português, Interpretação de Textos, INEP, 2016, ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Argumento


Tá legal

Eu aceito o argumento

Mas não me altere o samba tanto assim

Olha que a rapaziada está sentindo a falta

De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim


Sem preconceito

Ou mania de passado

Sem querer ficar do lado

De quem não quer navegar

Faça como o velho marinheiro

Que durante o nevoeiro

Leva o barco devagar.

PAULINHO DA VIOLA. Disponível em: www.paulinhodaviola.com.br. Acesso em: 6 dez. 2012.


Na letra da canção, percebe-se uma interlocução. A posição do emissor é conciliatória entre as tradições do samba e os movimentos inovadores desse ritmo. A estratégia argumentativa de concessão, nesse cenário, é marcada no trecho

#Questão 850495 - Português, Interpretação de Textos, INEP, 2016, ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

O passado na tela do computador


Um dos desafios do novo Museu da Imigração é se contrapor à imagem deixada pela exibição do acervo permanente na época do Memorial do Imigrante, muito criticada por dar ênfase demasiada aos imigrantes estrangeiros e pouca atenção aos brasileiros. Era uma representação desproporcional em relação aos números: dos 3,5 milhões de pessoas que passaram pela hospedaria de imigrantes de São Paulo, aproximadamente 1,9 milhão eram estrangeiras (de 75 nacionalidades e etnias) e 1,6 milhão eram brasileiras, oriundas, principalmente, dos estados nordestinos.

HEBMÜLLER, P. Problemas brasileiros, n. 414, nov.-dez. 2012 (adaptado).


O autor do texto sobre a digitalização do acervo do novo Museu da Imigração apresenta a ênfase no imigrante estrangeiro como um problema de representação equivocada da imigração em São Paulo. Para tanto, fundamenta seu ponto de vista no(a)

#Questão 850496 - Português, Interpretação de Textos, INEP, 2016, ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Escrever


A estudante perguntou como era essa coisa de escrever.

Eu fiz o gênero fofo. Moleza, disse.

Primeiro evite esses coloquialismos de “fofo” e “moleza”, passe longe das gírias ainda não dicionarizadas e de tudo mais que soe mais falado do que escrito. Isto aqui não é rádio FM. De vez em quando, aplique uma gíria como se fosse um piparote de leve no cangote do texto, mas, em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de um rapper frustrado e dar cambalhotas. Mas, atenção, se soar muito estranho, reescreva.

Quando quiser aplicar um “mas”, tome fôlego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa, peça autorização ao sábio de plantão, e, por favor, volte atrás. É um cacoete facilitador. Dele deve ter vindo a expressão “cheio de mas-mas”, ou seja, uma pessoa cheia de “não é bem assim”, uma chata que usa o truque para afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar.

SANTOS, J. F. O Globo, 10jan. 2011 (adaptado).


A língua varia em função de diferentes fatores. Um deles é a situação em que se dá a comunicação. Na crônica, ao ser interrogado sobre a arte de escrever, o autor utiliza, em meio à linguagem escrita padrão, condizente com o contexto,

#Questão 850497 - Português, Interpretação de Textos, INEP, 2016, ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Naquele tempo eu morava no Calango-Frito e não acreditava em feiticeiros.

E o contrassenso mais avultava, porque, já então, - e excluída quanta coisa-e-sousa de nós todos lá, e outras cismas corriqueiras tais: sal derramado; padre viajando com a gente no trem; não falar em raio: quando muito, e se o tempo está bom, “faísca”; nem dizer lepra; só o “mal”; passo de entrada com o pé esquerdo; ave do pescoço pelado; risada renga de suindara; cachorro, bode e galo, pretos; [...] - porque, já então, como ia dizendo, eu poderia confessar, num recenseio aproximado: doze tabus de não uso próprio; oito regrinhas ortodoxas preventivas; vinte péssimos presságios; dezesseis casos de batida obrigatória na madeira; dez outros exigindo a figa digital napolitana, mas da legítima, ocultando bem a cabeça do polegar; e cinco ou seis indicações de ritual mais complicado; total: setenta e dois - noves fora, nada.

ROSA, J. G. São Marcos. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967 (adaptado).


João Guimarães Rosa, nesse fragmento de conto, resgata a cultura popular ao registrar

#Questão 851013 - Português, Interpretação de Textos, INEP, 2016, ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia (2ª Aplicação)

“Ela é muito diva!”, gritou a moça aos amigos, com uma câmera na mão. Era a quinta edição da Campus Party, a feira de internet que acontece anualmente em São Paulo, na última terça-feira, 7. A diva em questão era a cantora de tecnobrega Gaby Amarantos, a “Beyoncé do Pará”. Simpática, Gaby sorriu e posou pacientemente para todos os cliques. Pouco depois, o rapper Emicida, palestrante ao lado da paraense e do também rapper MV Bill, viveria a mesma tietagem. Se cenas como essa hoje em dia fazem parte do cotidiano de Gaby e Emicida, ambos garantem que isso se deve à dimensão que suas carreiras tomaram através da internet — o sucesso na rede era justamente o assunto da palestra. Ambos vieram da periferia e são marcados pela disponibilização gratuita ou a preços muito baixos de seus discos, fenômeno que ampliou a audiência para além dos subúrbios paraenses e paulistanos. A dupla até já realizou uma apresentação em conjunto, no Beco 203, casa de shows localizada no Baixo Augusta, em São Paulo, frequentada por um público de classe média alta.

Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).

As ideias apresentadas no texto estruturam-se em torno de elementos que promovem o encadeamento das ideias e a progressão do tema abordado. A esse respeito, identifica-se no texto em questão que

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