Questões Concurso TRT - 18ª Região (GO)

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Listagem de Questões Concurso TRT - 18ª Região (GO)

Atenção: Leia a crônica “A casadeira”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.

1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova verificação especular. Isso, infinitas vezes. No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados. Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. ? Ela está fazendo sua reforma de base? ? perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
3. ? A de base e a civil. Vai se casar pela terceira vez.
4. ? Coitada... Vocação de viúva.
5. ? Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que ficaram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente. Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita. Observei-a com atenção e zelo científico, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo. Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés, de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar ? e fiquei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê ? a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou ? não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado, pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, flechou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso. 


(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)


fiquei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê ? a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento. (7º parágrafo)
A expressão sublinhada acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido, por:

De acordo com NR 32, Anexo I, os agentes biológicos da classe de risco 2 têm as seguintes características: 

Trabalhador do sexo masculino, 53 anos, atualmente exerce a função de capataz em empresa de fundações, realiza atividades no interior do tubulão há mais de dez anos. Apresenta queixa de dor coxo-femoral esquerda e claudicação. Há 1 ano os sintomas tiveram início e evoluíram progressivamente. A hipótese diagnóstica é:

Para exposição a nível de pressão sonora elevado (NPSE), deve ser realizada audiometria na admissão, anualmente e na demissão. São considerados sugestivos de agravamento da perda auditiva induzida por NPSE os casos já confirmados em exame audiométrico de referência e nos quais a comparação de exame audiométrico sequencial com o de referência mostra evolução que preenche o critério:  

Para verificar a associação entre exposição a solvente orgânico e linfoma não-Hodgkin (LNH), foi realizado um estudo no qual participaram um grupo de 150 indivíduos diagnosticados com LNH e um grupo de 300 indivíduos com outros tipos de cânceres diagnosticados na mesma época em determinada região. Em ambos os grupos foram aplicados questionários padronizados que definiram três níveis de exposição e um de não exposição a solvente orgânico, considerando toda a vida laboral dos indivíduos. Este é um

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