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Listagem de Questões Concurso TCE-TO

A sequência que funciona como título do texto 1 (“Z de depressão”) é um jogo de palavras, isto é, uma espécie de brincadeira linguística. A força expressiva dessa sequência decorre do fato de que ela:

Em 2020, a pandemia de Covid-19 alterou profundamente a vida no planeta Terra. Suas consequências sociais, econômicas e psicológicas ainda não são plenamente conhecidas – mas serão certamente duradouras. Os dois textos desta prova discutem algumas dessas consequências.


Texto 1

Z de depressão (fragmento)

     “Quando o sol nasce em Minas Gerais, Caio está em seu quarto. Ao cair da noite, também é lá que o rapaz fica, isolado. Ele tem 21 anos e mora em Luz, cidade mineira de pouco mais de 18 mil habitantes. Até os 8 anos, levou a vida tranquila de alguém que cresce numa cidade pequena. Mas então um dos seus tios se matou, e o menino foi se tornando cada vez mais triste. Virou alvo de bullying na escola, perdeu os amigos – ‘não sobrou ninguém’, ele conta. Aos 10 anos, tentou suicídio e precisou ser internado às pressas. [...]
    Na adolescência, Caio identificou que era um homem transgênero, e sua sensação de isolamento só cresceu. Com o agravamento do quadro depressivo, foi levado ao hospital algumas vezes depois de se automutilar. Embora os médicos tenham recomendado, ele nunca tratou a depressão por um longo período de tempo. Cresceu encontrando pequenos alívios para a angústia: cachorros, namoradas, bebidas alcoólicas, cortes nos braços. Conseguiu terminar o ensino médio, mas não teve motivação para prestar vestibular ou trabalhar. [...]
     Caio representa uma história, mas não a única, de um quadro de adoecimento mental de crianças e jovens brasileiros, com casos repetidos de depressão, ansiedade e síndrome do pânico. [...] Em um Boletim Epidemiológico divulgado setembro passado, o Ministério da Saúde apontava que as taxas de suicídio saltaram 116% entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos no intervalo de 2010 a 2019; nos jovens de 15 a 19 anos, o aumento foi de 81%. Nas demais faixas etárias, a taxa não cresceu mais que 30%. Os dados levaram o governo federal a classificar o suicídio como ‘um problema de saúde pública crescente no Brasil, com destaque aos grupos etários mais jovens’.
        [...]
      Entre junho e novembro de 2020, [Guilherme] Polanczyk e outros pesquisadores da USP e do Hospital das Clínicas entrevistaram remotamente 5.795 crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de todas as regiões do país para medir os efeitos da pandemia sobre a saúde mental deles. No segundo semestre do primeiro ano de isolamento, 36% apresentaram sintomas de depressão e ansiedade. Como as escolas estavam fechadas e seria perigoso realizar as entrevistas presencialmente, só participaram aqueles com conexão à internet. ‘A gente sabe que os dados da pesquisa não refletem a realidade das crianças e dos adolescentes mais pobres’, Polanczyk diz. Ainda assim, os resultados indicaram que a insegurança alimentar esteve associada a maiores níveis de ansiedade e a sintomas depressivos. [...]
        [...]
     O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde não aponta causas exatas do sofrimento mental dos jovens brasileiros, mas dá a entender que certas particularidades ajudariam a explicar o aumento das taxas de suicídio juvenil. Com base em estudos americanos, menciona que a geração Z, formada por nascidos a partir de 1995, está mais propensa a ter depressão por ser menos resiliente e não saber lidar com frustrações. [...]
        [...]” 

Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/z-de-depressao/.
Acesso em: 22/07/2022


O título “Z de depressão” captura, de forma concisa, a ideia central do texto 1. Essa mesma ideia é retomada, de maneira mais detalhada, na seguinte passagem:

#Questão 1058740 - Psicologia, D. W. Winnicott, FGV, 2022, TCE-TO, Analista Técnico – Psicologia

Winnicott valoriza o fator ambiental para compreender o amadurecimento emocional precoce, de tal maneira que a saúde mental nos primórdios da infância dependerá do provimento de cuidados dispensados à criança por uma mãe suficientemente boa. Num ambiente favorável, o amadurecimento corresponde a uma progressão que parte de um estado primeiro que envolve a adaptação suficientemente boa da mãe às necessidades de seu bebê, levando em seguida a um estado de integração que diferencia o Eu do Não-Eu e cria condições para quando, finalmente, o indivíduo, na saúde, se integrar como pessoa inteira. Esses três momentos são classificados por Winnicott, respectivamente, como:

#Questão 1058741 - Psicologia, Psicanálise, FGV, 2022, TCE-TO, Analista Técnico – Psicologia

Em “Os complexos familiares na formação do indivíduo”, Lacan (1938) é influenciado pelas teses sociológicas de Durkheim ao lançar luz sobre as causas que conduziriam ao empobrecimento identificatório das famílias e à mudança das formas clínicas das neuroses.
A causa central seria, nesse momento de seu pensamento, o(a):

#Questão 1058742 - Psicologia, Psicanálise, FGV, 2022, TCE-TO, Analista Técnico – Psicologia

No conhecido texto “O mal-estar na civilização” (1930), Freud se debruça longamente sobre as fontes de sofrimento humano, sendo as relações humanas a principal delas. Considerando o seu último dualismo pulsional, Freud demonstra que a cultura é um processo que se desenrola na humanidade a serviço de uma força que pretende juntar indivíduos isolados, famílias, etnias, povos e nações numa grande unidade, a da humanidade, a cujo programa se opõe a tendência de tomar o próximo como objeto sexual, explorá-lo, humilhá-lo, infligir dor, torturá-lo e matá-lo.
Tais forças pulsionais correspondem, respectivamente, a:

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