Questões Concurso Procuradoria Geral do Estado - PGE - BA

procede à construção prática de certo mundo: leva à efeito a elaboração concreta de um mundo.

Para além da construção de simples meios de sobrevivência: Indo adiante da produção de meros mecanismos para subsistir.

o traço distintivo da humanidade: a mais insigne característica dos seres humanos.

os sentidos humanos são vistos como coletivos: veem-se os sentidos humanos como coletivos.

a esfera natural é apropriada como parte do corpo humano: como secção do corpo humano, a dimensão da natureza é conveniente.

O uso de até (linha 26) indica que as esferas biológicas são apenas excepcionalmente suscetíveis à intervenção criativa do homem.

Na reconstrução paulatina da argumentação de Marx, formas como Assim, Dessa forma, por consequência reforçam a relação de dependência que aquilo que se afirma tem com o que já foi dito.

A forma enquanto (linha 12) traz ao texto sentido que também poderia ser veiculado por meio da forma “como”.

Comparada a “O trabalho permite”, a construção O trabalho [...] é o que permite (linha 17) constituir opção estilística de realce de um termo, sem impacto algum sobre o sentido do fragmento.

O uso de Ao apropriar-se (linha 23) na mesma frase em que a palavra simultaneamente (linha 25) foi empregada gera redundância, na medida em que ambas as construções situam os eventos descritos em relação temporal de concomitância.

o título enfatiza uma das dimensões do conceito de trabalho, aquela que diz respeito à sobrevivência das distintas espécies que se confrontam com a natureza inorgânica.

as comparações com o que se nota no reino animal permitem melhor compreensão da natureza dual do homem, ser com aspirações espirituais limitadas por restrita existência orgânica e objetiva.

o verbo ser no presente do indicativo é inserido em afirmações categóricas (o animal é idêntico à sua atividade vital; O trabalho [...] é o que permite; a esfera natural é apropriada), expostas como verdades indiscutíveis.

o caráter didático-instrucional impõe o emprego abundante de exemplos e citações, já a partir das primeiras frases.

o recorrente uso de formas verbais do futuro do pretérito, aliado a expressões como Marx entende, para Marx etc., confere às ideias expostas o caráter de construções teóricas plausíveis, mas potencialmente refutáveis.

todas as espécies animais encontram no trabalho o mecanismo para a satisfação de suas necessidades imediatas; o que diferencia os homens é a complexidade de suas demandas individuais.

não existem natureza, humanidade ou História “em si”, posto que estes são produtos simbólicos, isto é, representações sensório-cognitivas das ações dos homens que trabalham.

além de constituir meio de subsistência, a práxis fundamental da espécie humana promove a mediação entre o homem e a natureza.

o corpo humano, no qual operam as coerções dos cinco sentidos, constitui o único domínio em que é apropriado pensar-se num homem natural.

a percepção humana é sempre coletiva, já que os sentidos são determinados pelas esferas espiritual, material e biológica dos distintos agrupamentos sociais humanos.

com o trabalho operado sobre a natureza inorgânica, o homem edifica um mundo no qual matéria, individualidade, espírito se tornam objetos culturais.

para Marx, o tipo de atividade exercida distingue os indivíduos e, por consequência, inúmeras classes sociais, pois todo homem faz de seu trabalho um particular projeto de sua vontade e de sua consciência.

ao distanciar-se do objetivo natural de suprir suas necessidades e as de sua prole por meio do trabalho, o homem expõe o mundo a insuperáveis desigualdades econômicas, sociais e mesmo naturais.

do ponto de vista econômico − que se opõe ao ponto de vista filosófico − o trabalho é uma atividade vital determinada, realizada pelo homem ou por outra epécie animal.

do ponto de vista filosófico, o trabalho é a essência do homem; do ponto de vista econômico, o trabalho se reduz à atividade vital distintiva da espécie humana.