Questões Concurso MPOG

A Escola de Chicago, no início do século XX, esboçou uma teoria sobre as ações coletivas quando marcadamente pesquisas sobre as cidades tiveram o seu início e, consequentemente, sobre os movimentos sociais resultantes dos confl itos urbanos.

A perspectiva marxista inspirou e orientou debate e articulação de estudo, pesquisa e teorias relativas aos movimentos sociais e às ações coletivas, tornando-se obsoleta a partir do fi nal de 1989.

Claus Offe, ao perceber diferenças ideológicas e estruturais entre os tipos de ação coletiva, compreende os movimentos em dois paradigmas distintos, que expressariam a concepção política de cada um deles. A divisão obedeceria ao seguinte critério: o tradicional, que se iniciou após a Segunda Grande Guerra, e o que surgiu a partir da década de 1970.

Maria da Glória Gohn argumenta que os comportamentos e as ações coletivas eram considerados, pela abordagem tradicional norte-americana, oriundas de tensões e confl itos sociais, ou seja, os movimentos sociais surgiam em função de crises institucionais e debilidades sociais.

Mancur Olson foi um dos grandes responsáveis pelas mudanças interpretativas que as ciências sociais norte-americanas vivenciaram nos anos de 1960, com a criação de uma nova corrente interpretativa denominada Teoria da Mobilização de Recursos.

As principais categorias analíticas desenvolvidas nas concepções clássicas norte-americanas sobre ação coletiva são: sentimento, desajuste, desorganização, marginalidade e integração social. Nesse contexto, a ação coletiva dos movimentos sociais ocorria em função de desajustes na ordem social e política existente.

A Abordagem da Oportunidade Política refere-se ao estudo das relações entre os movimentos sociais e o sistema político-institucional. Os estudos buscavam relacionar o desempenho da ação coletiva ao fechamento e abertura dos sistemas políticos locais, à capacidade de liderança e da tolerância das elites políticas.

Um movimento social é uma ação coletiva cuja orientação comporta entre outros elementos a solidariedade.

O conceito de ação coletiva, no contexto das redes informacional-heterogêneas, se expressa de forma diferente daquela encontrada na sociedade industrial, explicada pelo prisma do paradigma marxista, no qual os confl itos políticos e sociais estavam submersos ao mundo do trabalho e às determinações macros sociais.

A perspectiva teórica dos “novos” movimentos sociais trata a ação coletiva apenas no nível das determinações macro estrutural e lutas de classes.

O Estado burguês regula as relações de produção, constituindo uma instância de proteção da parte mais débil da relação: os trabalhadores.

O Estado burguês constitui uma estrutura de poder que concentra, resume e põe em movimento a força política da classe dominante.

O Estado burguês constitui um princípio de universalidade e racionalidade.

O Estado burguês constitui uma instância para além dos interesses particulares.

O Estado burguês constitui uma esfera positiva da sociabilidade humana.

A educação surge como um trunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social.

Existem tensões com que a sociedade precisa se ocupar e muitas delas passam pela educação: entre o local e o global; entre o universal e o singular; entre a tradição e a modernidade; entre a indispensável competição e a igualdade de oportunidades; entre o extraordinário desenvolvimento dos conhecimentos e as capacidades de assimilação pelo homem.

À educação cabe a missão de fazer com que todos façam frutifi car seus talentos e potencialidades criativas, o que implica responsabilizar-se por seu processo individual.

A sociedade impõe cada vez mais o conceito de educação ao longo de toda a vida, dada às vantagens que oferece em matéria de fl exibilidade, diversidade e acessibilidade.

A educação deve se adaptar em função das transformações e deixar de transmitir os conhecimentos acumulados ao longo de um tempo para se lançar no campo do novo.

Os fi ns da educação derivam da estruturação homogênea do ambiente social, identifi cam-se como interesses comuns do grupo, e devem se realizar igualitariamente em todos os seus membros.

A escola, no desempenho de sua função social de formadora de sujeitos históricos, precisa ser um espaço de sociabilidade que possibilite a construção e a socialização dos conhecimentos produzidos.

A educação, como prática social que se desenvolve nas relações estabelecidas entre os grupos, seja na escola ou em outros espaços, se caracteriza como campo social de disputa hegemônica.

As relações sociais desenvolvidas são de aprendizagem e conhecimento. Neste sentido, se aprende no contexto da vida social independente da escola, anulando sua necessidade.

A escola é uma instituição social que, mediante sua prática no campo do conhecimento, dos valores, atitudes e, mesmo por sua desqualifi cação, articula determinados interesses e desarticula outros.