Listagem de Questões Concurso IFRN
As práticas políticas da Grécia, a partir do século VI a.C., se dão em torno da constituição da pólis (Cidade-Estado). As consequências da pólis democrática trazem a perspectiva do modelo de cidadania que se exerce através da participação. Os princípios da isonomia e da isegoria garantem a reciprocidade das relações, pois ambos significam, respectivamente, direito de
exercer cargos políticos e vincular-se a uma doutrina religiosa.
construir moradia na cidade e fazer uso da palavra.
viver no ambiente urbano das cidades-Estado e participar das Ekklesias.
tratar todos de forma igualitária perante a lei e expressar as opiniões livremente.
Na fenomenologia do espírito, Hegel entendia a chamada sociedade civil como uma instância distinta da vida ética da família e do universo político dos Estados nacionais. A sociedade civil seria dessa forma, uma etapa intermediária entre o mundo puramente econômico da vida familiar e as instâncias legais, administrativas e políticas que assegurariam o funcionamento corrente do Estado Nacional. Assumindo o pressuposto de que Hegel distinguiu, de modo claro e abrangente, sociedade civil e Estado, é correto pensar que
só é possível compreender mais claramente a distinção entre Sociedade Civil e Estado, na época de Hegel, tendo em vista o advento de Estados revolucionários centralizados, cujo funcionamento era claramente distinto da vida de seus súditos.
já se entendia, mesmo na Grécia antiga, a vida econômica como claramente distinta da vida familiar, como já preconizava Aristóteles, o que impedia uma leitura mais clara das separações entre os aspectos econômicos e sociais.
muitos teóricos anteriores a Hegel, como os contratualistas, não conseguiram entender as distinções entre o econômico, o político e o social, justamente porque não defendiam, como Hegel, que a finalidade do Estado fosse apenas o de facilitar as relações comerciais.
não haveria distinção, para Hegel, entre o econômico e o político, mas sim entre o social e o econômico, tendo em vista que as esferas da vida familiar (essencialmente econômica) estariam amplamente conectadas com a sociedade civil, formando as bases da sociedade burguesa do século XIX.
Nicolau Maquiavel apresenta em O Príncipe uma síntese das relações de poder exercidas pelos soberanos nos séculos XV e XVI. A crítica de Maquiavel inaugura a discussão da política sob a ótica da perspectiva do Estado moderno. Antes dele, Platão já havia discutido as intencionalidades do poder, focando em A República os ideais necessários para o exercício do poder na pólis. Mesmo levando-se em consideração os anacronismos entre ambos, é correto admitir que eles
convergiram para a construção de uma prática política fundada nas controvérsias do poder.
simularam, em suas obras políticas, concepções e práticas que não correspondem à realidade.
associaram a imagem dos que exercem o poder a características negativas e a um modo de agir desprovido de virtude.
perceberam a necessidade de vincular o exercício da política ao exercício das virtudes.
O interesse pela mentalidade arcaica veio mostrar que o principal aspecto da questão da origem histórica da filosofia reside na compreensão de como se processou a passagem entre a mentalidade mítico-poética e a mentalidade teorizante. A filosofia surge em meados do século VI a.C. e, apesar de não existir consenso sobre os aspectos predominantes para a sua origem, pode-se afirma que
os pré-socráticos estavam desvinculados dos aspectos da mentalidade mítica quando propuseram as suas ideias.
a lenta transição da mentalidade mítica para a mentalidade totalizante teve nos elementos da linguagem poética seus primeiros indícios.
a mentalidade arcaica e a literatura referente às narrativas das epopeias perdem o significado e a importância com o advento da filosofia.
nem todos os pensadores, como Platão, por exemplo, concebem a importância da literatura arcaica para a filosofia.
Aristóteles afirma no Livro V da Ética a Nicômaco:“A justiça é a forma perfeita de excelência moral, porque ela é a prática efetiva da excelência moral perfeita. Ela é perfeita porque as pessoas que possuem o sentimento de justiça podem praticá-la não somente em relação a si mesmas como também em relação ao próximo”. Tendo em vista o conceito de justiça apresentado acima, é correto afirmar que
a justiça deve ser compreendida nos termos das categorias aristotélicas.
o ato justo implica no aprimoramento da noção de cidadania.
um Estado justo necessita do exercício de atitudes que sejam convenientes a todos.
a concepção aristotélica de justiça sustenta-se principalmente na noção de alteridade.
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