Questões de Psicologia da CESPE / CEBRASPE

A respeito dos conceitos fundamentais da fenomenologia, da psicologia fenomenológico-existencial e da psicoterapia de base psicanalítica, julgue os itens subsequentes. No processo psicoterapêutico baseado na abordagem fenomenológico-existencial, busca-se dar ênfase àquilo que surge no campo da consciência e que se apresenta como puro e absoluto.

Com relação à psicologia da personalidade e a aspectos relacionados a esse tema, julgue os próximos itens. De acordo com a psicologia analítica, estar equilibrado no mundo seria resultado de uma combinação das quatro funções psicológicas fundamentais: pensamento, sentimento, sensação e intuição.

Leandra, policial militar, mãe de Igor, com sete meses de idade, procurou atendimento psicológico para a avaliação de seu bebê, pois notava que ele tinha características muito semelhantes às do irmão mais velho, diagnosticado com autismo aos oito anos de idade. Igor, assim como o irmão, fica sob os cuidados da mãe e da avó paterna. O pai trabalha ao longo do dia e viaja frequentemente por motivos profissionais. Leandra tem quadro de depressão, faz uso de medicação e está afastada do serviço por tempo indeterminado em decorrência de crise de ansiedade importante há um mês. Sua sogra a auxilia cuidando das crianças, o que ajuda a evitar que Leandra fique sozinha com filhos e se sinta sobrecarregada com todos os afazeres de casa. Igor nasceu a termo. De acordo com o relato de Leandra, “mas sempre foi diferente. A gente colocava ele no colo, mas ele parecia não se acomodar. Passa boa parte do tempo olhando para o teto. Não tem nada mais difícil do que conseguir a atenção dele” (sic).

A partir dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, considerando as contribuições da psicologia do desenvolvimento.

Com relação às técnicas psicoterápicas utilizadas nas abordagens cognitivo-comportamentais, julgue os itens a seguir. A identificação, pelo paciente, de pensamentos automáticos em uma situação ansiogênica é inadequada, porque o distrai e dificulta a emissão de respostas desejáveis naquela situação.

Um rapaz de dezesseis anos de idade, de profissão desconhecida, solteiro, católico e que cursava o 6.º ano do ensino fundamental, apresentava, havia um ano, agressividade recorrente contra sua irmã. Mostrava-se ausente, desconectado do meio ambiente, preferindo retirar-se e isolar-se do contato com outras pessoas. Apresentava medos difusos e, quando interrogado a respeito disso, dizia estar com problema espiritual. Ele já havia sido internado durante vinte dias, mas acabara saindo no mesmo estado de retraimento e desinteresse. Perante os médicos, apresentava uma postura desafiadora e irônica, afirmando não confiar em psicólogos. “Nunca tive amigos. Às vezes é difícil falar. Eu reúno todas as palavras na cabeça e não me esqueço de nada”, dizia o rapaz. De acordo com a equipe de enfermagem, ele agia com birra e pirraça, além de ter comportamento bizarro, andando com o pé arrastando pela parede. Era irritável, impulsivo contra os outros e si mesmo e insistia que seu problema era espiritual. O exame psíquico evidenciou atenção dispersa, incapacidade de interpretar provérbios, pensamentos desconexos, com associações frouxas e respostas curtas. Muitas vezes, não respondia ao que havia sido perguntado; ficava com a cabeça baixa e feição séria. Ao ser questionado a respeito, o jovem dizia “eu sou de fazer, não sou de falar”.

Considerando esse caso clínico, julgue os itens que se seguem.