Questões de Português da FCC

#Questão 1053161 - Português, Interpretação de Textos, FCC, 2022, TCE-GO, Analista de Controle Externo Especialidade Engenharia

Considere as seguintes afirmações:
I. Montaigne foi um pensador conservador. II. Seu conservadorismo prenunciou o liberalismo. III. No liberalismo deve ser leve a atuação do Estado.
Essas afirmações integram-se com correção e coerência no seguinte período:

A) Apesar de prenunciar o liberalismo, como conservador Montaigne subestimava a atuação do Estado.

B) A discreta atuação do Estado caracteriza o liberalismo, do qual o conservador Montaigne foi um precursor.

C) No liberalismo a atuação diminuta do Estado deve ser a prerrogativa de um conservador, tal como foi Montaigne.

D) O conservadorismo de Montaigne confrontou-se com a atuação diminuta do Estado, num regime liberal.

E) Conquanto se antecipasse ao liberalismo, o conservador Montaigne questionava a presença frágil do Estado.

#Questão 1053163 - Português, Morfologia - Verbos, FCC, 2022, TCE-GO, Analista de Controle Externo Especialidade Engenharia

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

Escravo da razão

O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.

(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE, da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

Os tempos verbais estão adequadamente articulados na frase:

A) Ao tempo de Montaigne, ninguém poderia supor que ele exerça influência sobre os liberais do século XIX.

B) No caso de que ache vicioso o pensamento de alguém, Montaigne logo identificaria as contradições nele presentes.

C) Um verdadeiro filósofo, se lhe convier servir aos ditames da razão, não terá hesitado em enfrentar contradições do pensamento.

D) As verdades dogmáticas que Montaigne teria a enfrentar certamente provocarão sua reação dialética em face das contradições.

E) Ao filósofo nunca lhe faltará coragem para testar a força da dialética diante das contradições que se ofereçam ao seu pensamento.

#Questão 1053157 - Português, Sintaxe, FCC, 2022, TCE-GO, Analista de Controle Externo Especialidade Engenharia

Atenção: Para responder às questões de números 21 a 25, baseie-se no texto abaixo.

Minha terra

Saí menino de minha terra.

Passei trinta anos longe dela.

De vez em quando me diziam:

Sua terra está completamente mudada,

Tem avenidas, arranha-céus...

É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.

Está de fato completamente mudado.

Tem avenidas, arranha-céus.

É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

A forma verbal sublinhada atende às normas de concordância em:

A) No nosso passado podem ter havido muitas experiências cuja idealização só acaba por nos afastar delas.

B) As decepções que se colhe no presente podem derivar de exageradas ou mesmo descabidas idealizações do passado.

C) Não cabem às pessoas que cultuam o passado exigir que tudo se preserve para um encantamento no presente.

D) Entre os lances da mais remota memória hão que se identificar os que não poderiam ter resistido à passagem do tempo.

E) Entre os impactos do presente pode situar-se o das frustrações por conta da desfiguração dos antigos lugares.

#Questão 1053164 - Português, Interpretação de Textos, FCC, 2022, TCE-GO, Analista de Controle Externo Especialidade Engenharia

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

Escravo da razão

O grande pensador Montaigne (1533-1592) foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito menos de dogmático. Por temperamento e razão foi bem o contrário de um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de um homem de ação, o idealismo e a vontade. Seu conservadorismo pode ser visto, sob certos aspectos, como o que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. Em sua concepção política o indivíduo é deixado livre dentro do quadro das leis e procura tornar tão leve quanto possível a autoridade do Estado.

Para Montaigne, o melhor governo seria o que menos se faz sentir e assegura a ordem pública sem pôr em perigo a vida privada, e sem pretender orientar os espíritos. Um tal tipo de governo é o que convém a homens esclarecidos, conscientes de seus direitos e deveres, obedientes às leis, homens que agem não por temor, mas por vontade própria.

Escravo da razão, Montaigne transmitiu essa servidão à filosofia que lhe sucedeu e marcou uma linha de desenvolvimento do pensamento ocidental. Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem, mas deixou aberta a possibilidade de se concluir que a própria contradição possa encerrar uma verdade.

(Extraído do encarte sem indicação autoral do volume MONTAIGNE, da coleção Os Pensadores. Porto Alegre: Globo, 1972, p. 223)

No contexto do 3º parágrafo, a frase Com ela, destruiu verdades dogmáticas e mostrou que todas se contradizem

A) aponta para uma contradição própria do pensamento de Montaigne.

B) ressalta o valor que encontrava Montaigne na potência da razão.

C) identifica aspectos de irracionalidade nesse grande pensador.

D) encarece nesse filósofo o papel de detectar e diluir as contradições.

E) denota o combate que Montaigne encetou contra a servidão racionalista.

#Questão 1053160 - Português, Interpretação de Textos, FCC, 2022, TCE-GO, Analista de Controle Externo Especialidade Engenharia

Atenção: Para responder às questões de números 21 a 25, baseie-se no texto abaixo.

Minha terra

Saí menino de minha terra.

Passei trinta anos longe dela.

De vez em quando me diziam:

Sua terra está completamente mudada,

Tem avenidas, arranha-céus...

É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.

Está de fato completamente mudado.

Tem avenidas, arranha-céus.

É hoje uma bonita cidade.

Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 4. ed., p. 283)

Ao falar de sua terra, o Recife, o poeta faz ver que

A) a distância resultante do afastamento de sua cidade natal o fez idealizá-la a ponto de transfigurá-la na memória criada.

B) a passagem do tempo, para quem se agarra às suas origens, traz a um reencontro a magia viva do passado.

C) as notícias que lhe vinham chegando criavam em sua imaginação uma cidade ainda mais bela do que aquela em que vivera.

D) as imagens resguardadas de sua infância foram rebatidas pela visão do que efetivamente veio a ser sua cidade.

E) as atrações de um lugar tão querido como perdido atualizam-se de forma mais envolvente à medida que ocorra uma reaproximação.

Questões de Português da FCC

Pesquise questões de concurso nos filtros abaixo