Questões de Língua Portuguesa da FCC

O cronista não postula a questão de honra como o que tem algo a haver com a ferocidade da vida, à qual obedece os ditames da nossa natureza e dos nossos instintos.

O legado de pais a filhos quase sempre constitue objeto de descrença deles próprios, ocorrendo que muitas vezes não se tem certeza diante da validade real dos mesmos.

Ao mesmo tempo que se refere ao delicado sentido fúnebre do mandamento, o cronista deixa ver que aí contém uma mensagem de quando eles já estiverem mortos.

À frieza e à indiferença dos filhos, que via de regra abandonam os que os geraram, em vez de honrálos, respondem os pais com a crueldade dos ensinamentos inúteis.

Fica evidente no texto, a pouca fé que manifesta o cronista do reconhecimento filial, embora nem todos estes retruquem os pais com a dura resposta do abandono.

Pensem-se nessas jovens e belas mães que têm um filho nos braços.

Competem aos pais passarem aos filhos os volumes inúteis que já carregaram?

Tudo são inutilidades, quando só se abrem para a vida as perspectivas pessimistas.

Não resta ao pai, depois da procriação, quaisquer tarefas consideradas vitais.

Se à mãe não falece forças em sua função, não falecem aos filhos a ingratidão.

Seu próprio ser já não tem mais sentido, ele o passou além.

No fundo apenas queremos ficar mais leves até o fim da nossa caminhada.

(...) isto deve ser necessário, visto que existe.

A mãe é necessária, sua agonia é mais lenta e bela, ela dará seu leite.

(...) os deixados à margem, os afastados da vida, os disfarçadamente mortos.

I.

II.

III.

I e II.

II e III.

(...) entrou em estranha agonia metafísica.

(...) não está na força feroz da vida!

(...) mas esse vulto é pouco nítido.

Tais são as desculpas de nossa malícia.

(...) aconselha-nos o Senhor.