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EU VEJO UMA GRAVURA

Eu vejo uma gravura
grande e rasa.
No primeiro plano
Uma casa.
À direita da casa
outra casa.
À esquerda da casa
outra casa.
Lá no fundo da casa outra casa.
Em frente da casa
uma vala:
onde escorre a lama
doutra casa.

E no chão da casa
outra vala:
onde escorre o esgoto
doutra casa.
Esta casa que eu vejo
não se casa
com o que chamamos
uma casa.
Pois as paredes são
Esburacadas
onde passam aranhas
e baratas.

E os telhados são
folhas de zinco.
E podem cair
a qualquer vento.
E matar a mulher
que mora dentro.
E matar a criança
que está dentro
da mulher que mora
nessa casa.
Ou da mulher que mora
noutra casa.

É preciso pintar
outra gravura
com casas de argamassa
na paisagem.

Crianças cantando
a segurança
da vida construída
à sua imagem.

JOANA EM FLOR, Reynaldo Jardim.
Tendo em vista o contexto do poema, nestes versos “Esta casa que eu vejo / não se casa / com o que chamamos / uma casa. / Pois as paredes são / Esburacadas / onde passam aranhas / e baratas.” pode-se perceber que fica revelado um sentimento do eu lírico. Esse sentimento é de:

TEXTO 
ÉTICA PARA MEU FILHO

   (...)Veja: alguém pode lamentar ter procedido mal mesmo estando razoavelmente certo de que não sofrerá represálias por parte de nada nem de ninguém. É que, ao agirmos mal e nos darmos conta disso, compreendemos que já estamos sendo castigados, que lesamos a nós mesmos - pouco ou muito - voluntariamente. Não há pior castigo do que perceber que por nossos atos estamos boicotando o que na verdade queremos ser...
   De onde vêm os remorsos? Para mim está muito claro: de nossa liberdade. Se não fôssemos livres, não nos poderíamos sentir culpados (nem orgulhosos, é claro) de nada e evitaríamos os remorsos. Por isso, quando sabemos que fizemos algo vergonhoso procuramos afirmar que não tivemos outro remédio senão agir assim, que não pudemos escolher: “cumpri ordens de meus superiores”, “vi que todo o mundo fazia a mesma coisa”, “perdi a cabeça”, “é mais forte do que eu”, “não percebi o que estava fazendo”, etc. Do mesmo modo, quando o pote de geleia que estava em cima do armário cai e quebra, a criança pequena grita chorosa: “Não fui eu!”. Grita exatamente porque sabe que foi ela; se não fosse assim, nem se daria ao trabalho de dizer nada, ou talvez até risse e pronto. Em compensação, ao fazer um desenho muito bonito essa mesma criança irá proclamar: “Fiz sozinho, ninguém me ajudou!” Do mesmo modo, ao crescermos, queremos sempre ser livres para nos atribuir o mérito do que realizamos, mas preferimos confessar-nos “escravos das circunstâncias” quando nossos atos não são exatamente gloriosos.
(SAVATER, Fernando. Ética para meu filho.Trad. Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Tradução de: Ética para Amador.)
No que diz respeito aos pronomes pessoais oblíquos átonos destacados nos excertos abaixo, apenas um admite outra posição em relação ao verbo com o qual se relaciona no período; isso ocorre na alternativa:

EU VEJO UMA GRAVURA

Eu vejo uma gravura
grande e rasa.
No primeiro plano
Uma casa.
À direita da casa
outra casa.
À esquerda da casa
outra casa.
Lá no fundo da casa outra casa.
Em frente da casa
uma vala:
onde escorre a lama
doutra casa.

E no chão da casa
outra vala:
onde escorre o esgoto
doutra casa.
Esta casa que eu vejo
não se casa
com o que chamamos
uma casa.
Pois as paredes são
Esburacadas
onde passam aranhas
e baratas.

E os telhados são
folhas de zinco.
E podem cair
a qualquer vento.
E matar a mulher
que mora dentro.
E matar a criança
que está dentro
da mulher que mora
nessa casa.
Ou da mulher que mora
noutra casa.

É preciso pintar
outra gravura
com casas de argamassa
na paisagem.

Crianças cantando
a segurança
da vida construída
à sua imagem.

JOANA EM FLOR, Reynaldo Jardim.
Em relação à organização sintática do poema, na 2ª estrofe, os períodos apresentam-se como:

TEXTO 
ÉTICA PARA MEU FILHO

   (...)Veja: alguém pode lamentar ter procedido mal mesmo estando razoavelmente certo de que não sofrerá represálias por parte de nada nem de ninguém. É que, ao agirmos mal e nos darmos conta disso, compreendemos que já estamos sendo castigados, que lesamos a nós mesmos - pouco ou muito - voluntariamente. Não há pior castigo do que perceber que por nossos atos estamos boicotando o que na verdade queremos ser...
   De onde vêm os remorsos? Para mim está muito claro: de nossa liberdade. Se não fôssemos livres, não nos poderíamos sentir culpados (nem orgulhosos, é claro) de nada e evitaríamos os remorsos. Por isso, quando sabemos que fizemos algo vergonhoso procuramos afirmar que não tivemos outro remédio senão agir assim, que não pudemos escolher: “cumpri ordens de meus superiores”, “vi que todo o mundo fazia a mesma coisa”, “perdi a cabeça”, “é mais forte do que eu”, “não percebi o que estava fazendo”, etc. Do mesmo modo, quando o pote de geleia que estava em cima do armário cai e quebra, a criança pequena grita chorosa: “Não fui eu!”. Grita exatamente porque sabe que foi ela; se não fosse assim, nem se daria ao trabalho de dizer nada, ou talvez até risse e pronto. Em compensação, ao fazer um desenho muito bonito essa mesma criança irá proclamar: “Fiz sozinho, ninguém me ajudou!” Do mesmo modo, ao crescermos, queremos sempre ser livres para nos atribuir o mérito do que realizamos, mas preferimos confessar-nos “escravos das circunstâncias” quando nossos atos não são exatamente gloriosos.
(SAVATER, Fernando. Ética para meu filho.Trad. Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Tradução de: Ética para Amador.)
Em relação à pontuação do 2º parágrafo, assinale o item INCORRETO:

EU VEJO UMA GRAVURA

Eu vejo uma gravura
grande e rasa.
No primeiro plano
Uma casa.
À direita da casa
outra casa.
À esquerda da casa
outra casa.
Lá no fundo da casa outra casa.
Em frente da casa
uma vala:
onde escorre a lama
doutra casa.

E no chão da casa
outra vala:
onde escorre o esgoto
doutra casa.
Esta casa que eu vejo
não se casa
com o que chamamos
uma casa.
Pois as paredes são
Esburacadas
onde passam aranhas
e baratas.

E os telhados são
folhas de zinco.
E podem cair
a qualquer vento.
E matar a mulher
que mora dentro.
E matar a criança
que está dentro
da mulher que mora
nessa casa.
Ou da mulher que mora
noutra casa.

É preciso pintar
outra gravura
com casas de argamassa
na paisagem.

Crianças cantando
a segurança
da vida construída
à sua imagem.

JOANA EM FLOR, Reynaldo Jardim.
Pode-se perceber ao longo do poema a recorrência do vocábulo “outra”; essa repetição, nesse poema Eu Vejo uma Gravura, contribui para criar uma imagem de:

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