Questões de Português da CONSULPAM

Pesquise questões de concurso nos filtros abaixo

Listagem de Questões de Português da CONSULPAM

Texto 1

Ao adentrar na narrativa do filme Os Outros, o espectador, mesmo diante do velho padrão da casa mal-assombrada, sente que está diante de algo diferente. Com cômodos soturnos, vultos sinistros e portas que insistem em ranger, a produção vai muito além do trivial acerca das histórias fantasmagóricas que a indústria constantemente nos oferta, algumas boas, outras ruins.

Os Outros faz parte do ciclo das boas, tamanha a excelência e sofisticação. Logo na abertura, uma aula de condução narrativa audiovisual, somos apresentados ao ambiente em que a história de horror psicológico, claustrofobia e instabilidade mental vai se passar. Grace (Nicole Kidman) acorda de um pesadelo. Naquela manhã ela recebe a visita dos novos empregados, três figuras misteriosas, obedientes e disponíveis para as necessidades organizacionais da enorme casa.

Ao exibir cada cômodo, Grace trata de explicar detidamente cada regra. A iluminação na casa deve ser contida, pois a cada porta aberta, a anterior deve ser fechada, como se os personagens estivessem constantemente atravessando fases de um jogo. Mais adiante, a impetuosa gestora do lar apresenta os seus filhos Anne (Alakia Mann) e Nicholas (James Bentley), duas crianças com uma doença rara que os impede de ter contato com a luz do sol. Assim, entendemos os motivos que levam Grace a ter toda a rigorosa cautela com a circulação dentro da casa.

Sob regime de tensão, a casa é regida duramente por Grace, uma católica fervorosa pouco paciente e rígida. Compreendemos a sua tensão: ela está à espera do marido, Charles (Christopher Eccleston), um homem que ainda não voltou da guerra. As coisas, por sua vez, ficam mais tensas ao passo que as crianças começam a alegar que estão vendo e sentindo presenças estranhas em sua casa, o que indica que há fantasmas prontos para assustar aos moradores daquele espaço isolado e lúgubre.

Ao estrear em agosto de 2001, Os Outros surpreendeu a crítica e ao público, sendo aplaudido de pé em alguns festivais. Muito desse sucesso todo se aplica ao seu final “surpreendente”, com um plot twist bem conduzido, tal como O Sexto Sentido, A Vila ou Clube da Luta. Esse recurso, entretanto, não é a muleta que faz a narrativa caminhar. Ao contrário, apresenta-se apenas como um dos elementos de sofisticação do filme. Ao longo dos seus 105 minutos, o cineasta Alejandro Amenábar oferta ao espectador imagens de muita classe. No lugar dos sustos fáceis e das criaturas abomináveis que insistem em vir do mundo dos mortos para assustar personagens incautos, o roteiro preenche a produção de alegorias e situações que pedem alguma interpretação do seu público.

(...)

(Disponível em: <https://www.planocritico.com/critica-osoutros/>. Acesso em: 22 jun. 2020).


Assinale o item que NÃO contém um sinônimo para a palavra sublinhada em “a produção vai muito além do trivial acerca das histórias fantasmagóricas que a indústria constantemente nos oferta”.

Texto 1

Ao adentrar na narrativa do filme Os Outros, o espectador, mesmo diante do velho padrão da casa mal-assombrada, sente que está diante de algo diferente. Com cômodos soturnos, vultos sinistros e portas que insistem em ranger, a produção vai muito além do trivial acerca das histórias fantasmagóricas que a indústria constantemente nos oferta, algumas boas, outras ruins.

Os Outros faz parte do ciclo das boas, tamanha a excelência e sofisticação. Logo na abertura, uma aula de condução narrativa audiovisual, somos apresentados ao ambiente em que a história de horror psicológico, claustrofobia e instabilidade mental vai se passar. Grace (Nicole Kidman) acorda de um pesadelo. Naquela manhã ela recebe a visita dos novos empregados, três figuras misteriosas, obedientes e disponíveis para as necessidades organizacionais da enorme casa.

Ao exibir cada cômodo, Grace trata de explicar detidamente cada regra. A iluminação na casa deve ser contida, pois a cada porta aberta, a anterior deve ser fechada, como se os personagens estivessem constantemente atravessando fases de um jogo. Mais adiante, a impetuosa gestora do lar apresenta os seus filhos Anne (Alakia Mann) e Nicholas (James Bentley), duas crianças com uma doença rara que os impede de ter contato com a luz do sol. Assim, entendemos os motivos que levam Grace a ter toda a rigorosa cautela com a circulação dentro da casa.

Sob regime de tensão, a casa é regida duramente por Grace, uma católica fervorosa pouco paciente e rígida. Compreendemos a sua tensão: ela está à espera do marido, Charles (Christopher Eccleston), um homem que ainda não voltou da guerra. As coisas, por sua vez, ficam mais tensas ao passo que as crianças começam a alegar que estão vendo e sentindo presenças estranhas em sua casa, o que indica que há fantasmas prontos para assustar aos moradores daquele espaço isolado e lúgubre.

Ao estrear em agosto de 2001, Os Outros surpreendeu a crítica e ao público, sendo aplaudido de pé em alguns festivais. Muito desse sucesso todo se aplica ao seu final “surpreendente”, com um plot twist bem conduzido, tal como O Sexto Sentido, A Vila ou Clube da Luta. Esse recurso, entretanto, não é a muleta que faz a narrativa caminhar. Ao contrário, apresenta-se apenas como um dos elementos de sofisticação do filme. Ao longo dos seus 105 minutos, o cineasta Alejandro Amenábar oferta ao espectador imagens de muita classe. No lugar dos sustos fáceis e das criaturas abomináveis que insistem em vir do mundo dos mortos para assustar personagens incautos, o roteiro preenche a produção de alegorias e situações que pedem alguma interpretação do seu público.

(...)

(Disponível em: <https://www.planocritico.com/critica-osoutros/>. Acesso em: 22 jun. 2020).


“Ao adentrar na narrativa do filme Os Outros, o espectador, mesmo diante do velho padrão da casa mal-assombrada, sente que está diante de algo diferente”.
Assinale a alternativa que contém uma reescrita confusa e ambígua para o trecho acima reportado.

Texto

   À medida que as pessoas envelhecem, seus sistemas imunológicos naturalmente perdem força. Esse envelhecimento, chamado de imunossenescência, pode ser um importante causador de problemas de saúde relacionados à idade, como câncer e doenças cardiovasculares.

   No entanto, os sistemas imunológicos de diferentes pessoas não envelhecem na mesma velocidade. O estresse, por exemplo, está associado a sinais de envelhecimento acelerado do sistema imunológico.

   Para entender melhor a discrepância entre idade cronológica e idade imunológica, pesquisadores da Universidade da Califórnia e Universidade do Sul da Califórnia analisaram dados do Health and Retirement Study (HRS), uma grande pesquisa feita nos Estados Unidos com adultos acima dos 50 anos. Os pacientes foram questionados sobre diferentes fatores de estresse que vivenciaram, como perda de emprego, discriminação, estresse crônico, além de grandes traumas como morte e doença na família.

   Além disso, o HRS coleta amostras de sangue dos participantes, e analisa a porcentagem dos diferentes tipos de células imunes presentes, incluindo os glóbulos brancos. Essas células desempenham um papel fulcral nas respostas imunes a vírus, bactérias e outros invasores. Esta é a primeira vez que informações tão detalhadas sobre células imunes são coletadas em uma grande pesquisa nacional.

   Ao analisar os dados de 5.744 desses participantes, a equipe de pesquisa descobriu que as pessoas que vivenciaram mais estresse tinham uma proporção menor de células T novas – necessárias para enfrentar novos invasores, aqueles que o sistema imunológico nunca viu antes. Conquanto, esses indivíduos também têm uma proporção maior de células T já especializadas – células mais velhas que esgotaram sua capacidade de combater invasores e, em vez disso, produzem proteínas que podem aumentar a inflamação prejudicial. Pessoas com essas proporções de células T novas e antigas têm um sistema imunológico mais envelhecido.

   Um dos fatores que ajuda a mitigar essa conexão são uma dieta saudável e exercícios regulares. Os cientistas também perceberam que a exposição potencial ao citomegalovirus – um vírus geralmente assintomático, conhecido por acelerar o envelhecimento do sistema imunológico – diminui a relação entre estresse e envelhecimento das células imunes. Apesar de o vírus normalmente ficar dormente no corpo, eles descobriram que o estresse pode aumentar sua força e obrigar o sistema imunológico a combater o vírus reativado. Esse controle da infecção pode resultar em células T mais exaustas circulando pelo corpo e causar inflamação crônica, um importante contribuinte para doenças relacionadas à idade.

   O estudo ajuda a esclarecer a associação entre estresse social e envelhecimento imunológico acelerado. Ele também destaca possíveis maneiras de retardar o envelhecimento imunológico – como melhorar fatores na dieta, tabagismo, exercícios e a forma com que as pessoas lidam com estresse.

   Atualmente, os cientistas continuam a pesquisa, analisando, por exemplo, como as adversidades na infância influenciam o envelhecimento do sistema imunológico. Entender o que influencia esse envelhecimento pode ajudá-los a abordar melhor as diferenças de pessoas idosas na saúde e na doença.


CAPARROZ, L. Estresse social pode acelerar o envelhecimento do sistema imunológico. In: Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/estresse-social-pode-aceleraro-envelhecimento-do-sistema-imunologico/> Último acesso em 23 jun. 2022. (Adaptado)


No trecho “Essas células desempenham um papel fulcral nas respostas imunes a vírus, bactérias e outros invasores.”, o vocábulo “fulcral” pode ser substituído sem prejuízo semântico por: 

Texto

   À medida que as pessoas envelhecem, seus sistemas imunológicos naturalmente perdem força. Esse envelhecimento, chamado de imunossenescência, pode ser um importante causador de problemas de saúde relacionados à idade, como câncer e doenças cardiovasculares.

   No entanto, os sistemas imunológicos de diferentes pessoas não envelhecem na mesma velocidade. O estresse, por exemplo, está associado a sinais de envelhecimento acelerado do sistema imunológico.

   Para entender melhor a discrepância entre idade cronológica e idade imunológica, pesquisadores da Universidade da Califórnia e Universidade do Sul da Califórnia analisaram dados do Health and Retirement Study (HRS), uma grande pesquisa feita nos Estados Unidos com adultos acima dos 50 anos. Os pacientes foram questionados sobre diferentes fatores de estresse que vivenciaram, como perda de emprego, discriminação, estresse crônico, além de grandes traumas como morte e doença na família.

   Além disso, o HRS coleta amostras de sangue dos participantes, e analisa a porcentagem dos diferentes tipos de células imunes presentes, incluindo os glóbulos brancos. Essas células desempenham um papel fulcral nas respostas imunes a vírus, bactérias e outros invasores. Esta é a primeira vez que informações tão detalhadas sobre células imunes são coletadas em uma grande pesquisa nacional.

   Ao analisar os dados de 5.744 desses participantes, a equipe de pesquisa descobriu que as pessoas que vivenciaram mais estresse tinham uma proporção menor de células T novas – necessárias para enfrentar novos invasores, aqueles que o sistema imunológico nunca viu antes. Conquanto, esses indivíduos também têm uma proporção maior de células T já especializadas – células mais velhas que esgotaram sua capacidade de combater invasores e, em vez disso, produzem proteínas que podem aumentar a inflamação prejudicial. Pessoas com essas proporções de células T novas e antigas têm um sistema imunológico mais envelhecido.

   Um dos fatores que ajuda a mitigar essa conexão são uma dieta saudável e exercícios regulares. Os cientistas também perceberam que a exposição potencial ao citomegalovirus – um vírus geralmente assintomático, conhecido por acelerar o envelhecimento do sistema imunológico – diminui a relação entre estresse e envelhecimento das células imunes. Apesar de o vírus normalmente ficar dormente no corpo, eles descobriram que o estresse pode aumentar sua força e obrigar o sistema imunológico a combater o vírus reativado. Esse controle da infecção pode resultar em células T mais exaustas circulando pelo corpo e causar inflamação crônica, um importante contribuinte para doenças relacionadas à idade.

   O estudo ajuda a esclarecer a associação entre estresse social e envelhecimento imunológico acelerado. Ele também destaca possíveis maneiras de retardar o envelhecimento imunológico – como melhorar fatores na dieta, tabagismo, exercícios e a forma com que as pessoas lidam com estresse.

   Atualmente, os cientistas continuam a pesquisa, analisando, por exemplo, como as adversidades na infância influenciam o envelhecimento do sistema imunológico. Entender o que influencia esse envelhecimento pode ajudá-los a abordar melhor as diferenças de pessoas idosas na saúde e na doença.


CAPARROZ, L. Estresse social pode acelerar o envelhecimento do sistema imunológico. In: Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/estresse-social-pode-aceleraro-envelhecimento-do-sistema-imunologico/> Último acesso em 23 jun. 2022. (Adaptado)


No fragmento “Além disso, o HRS coleta amostras de sangue dos participantes, e analisa a porcentagem dos diferentes tipos de células imunes presentes [...]”, o pronome ‘isso’ se refere ao termo sublinhado em:

Texto

   À medida que as pessoas envelhecem, seus sistemas imunológicos naturalmente perdem força. Esse envelhecimento, chamado de imunossenescência, pode ser um importante causador de problemas de saúde relacionados à idade, como câncer e doenças cardiovasculares.

   No entanto, os sistemas imunológicos de diferentes pessoas não envelhecem na mesma velocidade. O estresse, por exemplo, está associado a sinais de envelhecimento acelerado do sistema imunológico.

   Para entender melhor a discrepância entre idade cronológica e idade imunológica, pesquisadores da Universidade da Califórnia e Universidade do Sul da Califórnia analisaram dados do Health and Retirement Study (HRS), uma grande pesquisa feita nos Estados Unidos com adultos acima dos 50 anos. Os pacientes foram questionados sobre diferentes fatores de estresse que vivenciaram, como perda de emprego, discriminação, estresse crônico, além de grandes traumas como morte e doença na família.

   Além disso, o HRS coleta amostras de sangue dos participantes, e analisa a porcentagem dos diferentes tipos de células imunes presentes, incluindo os glóbulos brancos. Essas células desempenham um papel fulcral nas respostas imunes a vírus, bactérias e outros invasores. Esta é a primeira vez que informações tão detalhadas sobre células imunes são coletadas em uma grande pesquisa nacional.

   Ao analisar os dados de 5.744 desses participantes, a equipe de pesquisa descobriu que as pessoas que vivenciaram mais estresse tinham uma proporção menor de células T novas – necessárias para enfrentar novos invasores, aqueles que o sistema imunológico nunca viu antes. Conquanto, esses indivíduos também têm uma proporção maior de células T já especializadas – células mais velhas que esgotaram sua capacidade de combater invasores e, em vez disso, produzem proteínas que podem aumentar a inflamação prejudicial. Pessoas com essas proporções de células T novas e antigas têm um sistema imunológico mais envelhecido.

   Um dos fatores que ajuda a mitigar essa conexão são uma dieta saudável e exercícios regulares. Os cientistas também perceberam que a exposição potencial ao citomegalovirus – um vírus geralmente assintomático, conhecido por acelerar o envelhecimento do sistema imunológico – diminui a relação entre estresse e envelhecimento das células imunes. Apesar de o vírus normalmente ficar dormente no corpo, eles descobriram que o estresse pode aumentar sua força e obrigar o sistema imunológico a combater o vírus reativado. Esse controle da infecção pode resultar em células T mais exaustas circulando pelo corpo e causar inflamação crônica, um importante contribuinte para doenças relacionadas à idade.

   O estudo ajuda a esclarecer a associação entre estresse social e envelhecimento imunológico acelerado. Ele também destaca possíveis maneiras de retardar o envelhecimento imunológico – como melhorar fatores na dieta, tabagismo, exercícios e a forma com que as pessoas lidam com estresse.

   Atualmente, os cientistas continuam a pesquisa, analisando, por exemplo, como as adversidades na infância influenciam o envelhecimento do sistema imunológico. Entender o que influencia esse envelhecimento pode ajudá-los a abordar melhor as diferenças de pessoas idosas na saúde e na doença.


CAPARROZ, L. Estresse social pode acelerar o envelhecimento do sistema imunológico. In: Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/estresse-social-pode-aceleraro-envelhecimento-do-sistema-imunologico/> Último acesso em 23 jun. 2022. (Adaptado)


Assinale a alternativa em que a forma sublinhada é classificada como pronome relativo e exerce função de sujeito.

Navegue em mais matérias e assuntos

{TITLE}

{CONTENT}

{TITLE}

{CONTENT}
Estude Grátis