Questões de Língua Portuguesa do ano 2011

seja proposta a transcrição integral, nos textos dos alunos, de um texto escolhido pelo professor, evitando-se assim os riscos da fragmentação advindos da intertextualidade.

se distribuam aos alunos frases e trechos mais longos, de diversos autores, para que eles construam seu texto tão somente com a colagem desses fragmentos.

os alunos tenham liberdade para criar seus textos com a citação de diversos autores, ainda que não citem a fonte, pois o conceito de intertextualidade abole o de autoria.

haja produção coletiva de um texto, já que essa é a única maneira de se atingir a interdiscursividade propriamente dita, tal como proposta pela Análise do Discurso.

se disponibilize ao aluno uma série de textos afins ao proposto, dos mais diferentes tipos e gêneros, como estímulo e ponto de partida para sua própria produção textual.

levará sempre em consideração as diferentes interpretações de texto feitas pelos alunos, ainda que não se furte a dar a sua e a de outros intérpretes.

privilegiará as interpretações de texto feita por críticos consagrados, que possam, com seu talento e experiência, indicar as leituras mais pertinentes de um texto.

dará sempre a palavra final sobre a interpretação de um texto, ainda que abra eventual espaço para outras interpretações por parte dos alunos.

considerará que, dada a dificuldade de se interpretar corretamente um texto, o melhor a fazer é insistir com os alunos para não ultrapassarem o nível denotativo.

selecionará textos para a sala de aula de modo a evitar aqueles muito complexos e abertos a um sem-número de interpretações, o que pode gerar discussão e polêmica.

a impossibilidade da formulação de qualquer teoria mais coerente sobre ela.

o descompasso entre a simplicidade da produção e a complexidade da recepção.

a pluralidade de sua natureza e a inerência do conflito em sua produção e recepção.

o caráter inteiramente efêmero e circunstancial tanto de sua produção como de sua recepção.

a essencialidade de seu vir a ser, desvinculado de todas as práticas anteriores.

uma redundância, pois não apresenta nada que já não tivesse sido explicitado por meio da expressão contra tudo e contra todos.

um exemplo a ser evitado, em função da repetição desnecessária e, provavelmente, involuntária da palavra contra, com cinco ocorrências em tão curto trecho.

um procedimento tipicamente poético, também usado na prosa, que busca aliciar o leitor por meio de repetições, esgotando-se aí o sentido de sua utilização.

uma ilustração, por meio de citações do próprio livro, do que o autor afirmou anteriormente a respeito do caráter paradoxal do personagem-narrador.

um recurso expressivo e enfático que, por meio de pares de opostos, particulariza o que havia sido genericamente denominado tudo e todos.

últimos grandes romances do escritor russo e investe ferozmente contra tudo e contra todos, e ainda com a sugestão de que Freud considerava Dostoiévski um precursor.

narrativa ímpar, de altíssima voltagem poética e que se afirma e se nega a si mesma sucessivamente, bem como com a citação de Nietzsche, ainda que ela não seja de todo elogiosa.

um dos momentos mais importantes da literatura ocidental e reunindo vários temas, e ainda com a afirmação categórica de que o inconsciente foi prefigurado por Dostoiévski.

um dos momentos mais importantes da literatura ocidental e narrativa ímpar, de altíssima voltagem poética, bem como com a citação que mostra o apreço de Nietzsche pela obra.

últimos grandes romances do escritor russo e que se afirma e se nega a si mesma sucessivamente, e também com a citação indireta da carta enviada por Nietzsche a um amigo.