Questões de Língua Portuguesa do ano 2011

uma impossibilidade fatal, pela naturalização que ele atribui à sua condição miserável.

uma pálida esperança, que a vida áspera do sertão e a seca impiedosa acabam alimentando.

um direito natural que as pessoas de muita fé e merecimento podem exercer.

uma primeira dificuldade que a Providência cria para que os humildes como ele venham a superar.

uma aspiração sem sentido, pois não vê ganho prático no perfeito domínio de uma linguagem.

o recurso narrativo do discurso direto, que predomina na construção do romance.

o fato de o narrador ostentar sua linguagem culta para contrastar com a linguagem rude de Fabiano.

o truncamento das palavras difíceis, representadas por expressões de conexão que nada articulam.

o esforço que faz Fabiano para criticar o nível da linguagem que é próprio de seu interlocutor.

o efeito de comicidade com que o narrador pretende amenizar a narrativa pesada e o discurso formal.

a linguagem culta, que ele finge desprezar, promove a autoridade incontestável e mesmo tirânica de quem a domina.

o falar certo, em seu caso, demanda esforço e método, razão pela qual está sempre se mirando no exemplo de seu Tomás.

os alfabetizados acabam perdendo tempo com as palavras difíceis que não dominam e que não lhes emprestam poder.

a linguagem culta, a que ele aspira, se associa mais naturalmente ao poder de mando do que às formas de cortesia.

as palavras difíceis, em seu caso, ainda que aprimorem a expressão verbal, não o retiram da condição de penúria.

desconsidera de todo a existência do público e proclama o valor incondicional de sua obra.

preocupa-se ainda mais com o público, frente ao qual busca justificar as deficiências de sua arte de versejador.

considera o papel do público, duvidando, no entanto, de que este seja capaz de se afinar pelos critérios da poesia moderna.

ignora o público, pois a nova arte implica uma reelaboração dos princípios clássicos, fora do alcance do leitor comum.

torna-se cúmplice de seu público, passando a respeitá-lo na medida mesma em que se vê respeitado.

a função mediadora da obra, graças à qual o escritor se mostra por inteiro para o seu público.

a consciência com que o autor passa a avaliar o próprio público, em função da reação deste à sua obra.

a influência inicial da obra sobre o público, apreendida na função social que o escritor para ela estabeleceu.

a função mediadora do gosto popular, decisiva para o estabelecimento do valor estético de uma obra.

a consciência que o autor passa a ter de si mesmo, a partir da reação do público à sua obra