Listagem de Questões sobre Nutrologia
Dentre os transtornos alimentares enquadram-se os quadros de anorexia e bulimia nervosa. No que se refere à terapia nutricional nessas situações, assinale a alternativa incorreta.
O fornecimento calórico-protéico de pacientes com anorexia nervosa e desnutrição grave deve ser agressivo, recomendando-se iniciar com mais de 35 Kcal/Kg/dia para reverter o processo catabólico.
Na bulimia nervosa, o objetivo inicial do tratamento nutricional é o de encorajar o paciente na prática de refeições regulares, evitando-se longos períodos de jejum, que podem levar a ciclos de episódios bulímicos.
A terapia nutricional parenteral é indicada naqueles pacientes com distúrbios alimentares com perda de peso grave e quando os tratamentos convencionais (dieta oral, enteral e mudança comportamental) não tenham tido êxito.
A decisão sobre a necessidade da terapia nutricional nesses pacientes deve considerar, além do estado de desnutrição, a estrutura psíquica e a história social dos pacientes.
Na realimentação com terapia de nutrição parenteral em pacientes com anorexia nervosa, podem ocorrer distúrbios eletrólitos graves, como hipofosfatemia e hipocalemia.
Na prática clínica, a equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN) se defronta frequentemente com intolerâncias alimentares, secundárias à terapêutica ou à doença de base, ou ainda àquelas preexistentes à internação. A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
Deficiência de lactase presente em alto grau nos pacientes de terapia nutricional pode apresentar um ou mais sintomas, como cólicas, empachamento e distensão abdominal.
Intolerância à proteína do leite de vaca e de soja provoca alterações no trato gastrointestinal.
Nas intolerâncias alimentares o indicado é nutrição parenteral periférica enquanto persistir a fase aguda da doença.
Na intolerância ao glúten poderá ser realizada terapia nutricional por qualquer método.
A intolerância à lactose é bastante frequente em adultos e idosos, com quadro de cólicas, empachamento, borborigmo e diarreia.
Na maioria dos casos de transplantes de órgãos, realizados com indicação em doenças de alta morbidade e como última opção terapêutica, os pacientes encontram-se em fase avançada da doença e consequentemente com risco de desnutrição protéico-calórica. Quais os passos para indicar a terapia nutricional (TN)?
Reconhecimento prévio de alterações nutricionais e uso da TN apenas no pré-operatório.
Diagnóstico nutricional prévio com indicação, se necessário, de TN no pré, peri e pós-operatório.
Diagnóstico nutricional e TN no período pósoperatório, caso haja alterações clíniconutricionais graves.
Diagnóstico nutricional em qualquer período do transplante e TN em pré e pós-operatório.
Diagnóstico nutricional prévio e TN em peri e pós-operatório, nos pacientes adultos.
Nos paciente portadores de HIV/AIDS, a terapia nutricional (TN) é bastante utilizada, dependendo do estado nutricional, de patologias associadas e da ingestão alimentar atual. Quanto ao uso da terapia parenteral nesses pacientes, é correto afirmar que:
é indicada quando em associação com a nutrição enteral, para evitar translocação bacteriana.
não deveria ser indicada, pelo alto índice de infecção de cateter, comum em pacientes imunodeprimidos.
indicação de nutrição parenteral total pode ser feita nos pacientes que sofrem de infecção do trato gastrointestinal, com graves perdas fecais de proteínas e gorduras maiores que 20%.
deve ser considerada, dependendo das condições econômicas do hospital, da aceitação do paciente e dos convênios de saúde.
deve ser utilizada apenas nos pacientes com adesão total aos medicamentos antirretrovirais, além de ter sido escolha da família e/ou do paciente consciente.
Nos diabéticos hospitalizados, a indicação de terapia nutricional (TN) dependerá de fatores específicos inerentes a cada paciente, do tipo de patologia ou fase da doença, dentre outros fatores. Em relação à TN nesses pacientes, é incorreto afirmar que:
suplementos orais serão indicados nas disfagias ou na dificuldade de ingestão das recomendações de macro/micronutrientes.
a nutrição enteral pode ser usada com cálculo do valor energético total a partir de fórmulas gerais de não diabéticos, dietas poliméricas, moderado teor de carboidratos e adição de fibras.
nos casos de neuropatia autonômica ou motilidade intestinal irregular, a nutrição enteral pós-pilórica ou jejunal pode ser necessária.
a nutrição parenteral total pode ser usada com fórmulas gerais, não específica para diabéticos, uma vez que se forneça insulina extra, potássio e fósforo.
a nutrição enteral provoca maiores e melhores efeitos na nutrição e no metabolismo do diabético, quando comparada ao suporte oral ou parenteral.
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