Questões sobre Romantismo

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Listagem de Questões sobre Romantismo

Analise as afirmativas a seguir:
I. Durante o Romantismo, no Brasil, o indianismo foi uma forma bastante representativa de nacionalismo literário que corresponde à busca de um legítimo antepassado nacional. Por outro lado, a figura do índio foi idealizada pelos escritores românticos com a finalidade de nivelar esse nosso antepassado ao português colonizador. Nessa perspectiva, o índio romântico é sempre bom, nobre, bonito e cavaleiro generoso.
II. O universo de personagens criado por Olavo Bilac está repleto de figuras mitológicas, políticos ineficazes e poderosos, de ignorantes que passam por sábios, de militares incapazes e tirânicos e de referências às culturas orientais. A esse mundo de privilegiados, o autor opõe as figuras do subúrbio, uma multidão de privilegiados, mostrando sua inspiração e sua satisfação contra uma ordem social satisfatória.
III. As obras literárias da primeira geração do Romantismo no Brasil possuem forte apelo nacionalista e indianista devido à influência de determinados eventos históricos, como a Semana de Arte Moderna de 1922, o governo militar de 1964 e o crescimento da indústria automotiva nacional. Esse movimento literário também ficou marcado pelas profundas referências à cultura de imigrantes nipônicos e europeus no Brasil.
Marque a alternativa CORRETA:

Analise as afirmativas a seguir:
I. No Realismo, é nítida a preferência pelo espaço urbano, pois a burguesia fixou-se principalmente nas cidades, onde residem os elementos a serem combatidos, já que a obra literária é vista como instrumento de denúncia dos desequilíbrios sociais. Nesse movimento literário, há uma preocupação em retratar pessoas da época, encarando o presente histórico, os conflitos do homem da época, os dramas cotidianos e os problemas concretos.
II. O subjetivismo é uma das características do Romantismo. Ele representa um dos traços fundamentais dessa estética (o “culto da natureza”). O artista traz à tona a sua paixão pelo mundo natural, pela vida no campo, pelo bucolismo e por uma vida repleta de amigos e felicidade. Não há mais a preocupação com modelos clássicos e universalizantes, pois a literatura passa a valorizar a ciência, a razão e a vida no campo.
III. Os autores do Arcadismo brasileiro, além de se utilizarem dos artifícios típicos da estética neoclássica (imitação de autores gregos e latinos, uso da mitologia pagã etc.), já expressavam em suas poesias alguns elementos que seriam depois explorados pelos barrocos, como, por exemplo: o elogio da vida em natureza, livre das agitações sociais e mundanas; a ampla utilização de termos e palavras indígenas nas poesias; a valorização das culturas regionais brasileiras e o elogio às novas correntes ideológicas que surgiam na época.
Marque a alternativa CORRETA:

Sobre o poeta baiano Castro Alves, da corrente literária Romantismo, assinale V, se verdadeiro, ou F, se falso, nas assertivas abaixo:
( ) O poeta compartilhava com os intelectuais de sua época um sentimento humanitário em relação aos negros escravizados, tema que abordou em poemas célebres. ( ) A sua poesia lírico-amorosa, outra vertente de sua obra, propunha uma concepção de amor diferente daquela defendida pelos românticos das fases anteriores, já que os poemas de Castro Alves apresentam mulheres sensuais, dotadas de erotismo e de sentimentos intensos. ( ) O tom grandiloquente dos versos de Castro Alves é marcado por figuras de linguagem que remetem a uma natureza impressionante: astros, oceano, tufão, condor, águia, etc. ( ) Castro Alves usa uma grande dramaticidade em Navio negreiro, a fim de expressar o horror do eu-lírico diante da crueldade humana: “Senhor Deus dos desgraçados! //Dizei-me vós, Senhor Deus! //Se é loucura... se é verdade //Tanto horror perante os céus?!”
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Texto para a questão:


CAÇADA

           Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade. Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem. Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência. 

           Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.

           Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita calda, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

           [...]

           Ali por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar na sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol.

           Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de árvore, e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco.

           Batia os flancos com a larga cauda, e movia a cabeça monstruosa, como procurando uma aberta entre a folhagem para arremessar o pulo; uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas, e mostrava a linha de dentes amarelos; as ventas dilatadas aspiravam fortemente e pareciam deleitar-se já com o odor do sangue da vítima.

           O índio, sorrindo e indolentemente encostado ao tronco seco, não perdia um só desses movimentos, e esperava o inimigo com a calma e serenidade do homem que contempla uma cena agradável: apenas a fixidade do olhar revelava um pensamento de defesa.

           Assim, durante um curto instante, a fera e o selvagem mediram-se mutuamente, com os olhos nos olhos um do outro; depois o tigre agachou-se, e ia formar o salto, quando a cavalgata apareceu na entrada da clareira.

          Então o animal, lançando ao redor um olhar injetado de sangue, eriçou o pelo, e ficou imóvel no mesmo lugar, hesitando se devia arriscar o ataque. O guarani. São Paulo: Ática, 1995.

Todas as informações abaixo têm relação com o Romantismo brasileiro, exceto uma. Marque-a:

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