Questões sobre Teoria em História

"Procura estudar o homem através dos tempos, nos diferentes lugares em que tem vivido. Investiga permanências e mudanças ou transformações de seu modo de vida, no empenho de compreendê-las."

"Focaliza as relações que os homens travam entre si, no seu espaço, ambiente e tempo. Busca compreender as relações de trabalho, familiares, de lazer, religiosas e de poder."

"Centraliza seus estudos nos homens e nos produtos de suas ações. Empenha-se em adquirir conhecimentos sobre o ser humano, enquanto uma espécie animal, e também sobre as criações humanas".

"Estuda as relações do homem com o espaço onde está situado. Procura entender o uso que eles fazem desse espaço, através das relações que mantêm entre si."

"Procura estudar a sociedade por meio das relações de trabalho e da apropriação humana da natureza, para produzir e distribuir os bens necessários às condições materiais que a garantem."

localizar fontes e descrever os fatos tal qual ocorreram no passado, de forma a tornar a história uma ciência das sociedades humanas.

interpretar documentos escritos e orais à luz de perguntas / problemas contemporâneos, abrindo um diálogo que une ciência, arte e cultura na escrita da história humana.

descobrir novas fontes escritas para recuperar a organização das sociedades através das vozes e ciência plena dos governantes e de suas ações históricas.

interpretar documentos e estatísticas para mapear os fundamentos científicos, exatos e econômicos sustentadores da sociedade do passado e do presente.

a historiografia atual, escrita em grande parte no século passado, é conhecida como La nouvelle histoire, A Nova História, e surge nos inícios do século XX, através de um grupo que se reunia em torno da revista dos Annales e que se insurgiu contra a historiografia tradicional, que valorizava a narrativa tradicional de acontecimentos.

a França, através de um grupo de historiadores marxistas, dentre os quais Marc Bloch e Lucien Febvre, propunha reinterpretar a história tradicionalmente conhecida como positivista e reescrevê-la a partir dos paradigmas econômicos.

uma grande parcela da produção historiográfica atual vem da França, que legou aos historiadores de outros países e, muito particularmente, aos brasileiros uma história vista de baixo, que será o paradigma principal proposto pela Nova História Francesa.

historiadores franceses e norte-americanos, a partir da Primeira Guerra Mundial, irão propor uma história escrita com base em conceitos marxistas como estrutura e luta de classe, opondose ao paradigma tradicional, que privilegia os fatos políticos.

"Segundo os princípios da História, denominada positivista, e numa perspectiva tradicional do ensino, o uso escolar do documento tem servido para destacar, exemplificar, descrever e tornar inteligível o que o professor fala."

"Existe um consenso entre a maioria dos historiadores de que o passado deve ser resgatado tal qual aconteceu, ele não pode ser reconstituído em função das questões colocadas pelo presente, visto que passado e presente são processos antagônicos e estanques".

"Dominar, compreender e explicitar os critérios de periodização histórica, das múltiplas temporalidades das sociedades, tornar efetiva a aprendizagem da cronologia são desafios do procedimento histórico em sala de aula."

" O procedimento histórico comporta a preocupação com a construção, a historicidade dos conceitos e a contextualização temporal."

"Recursos são os materiais de que se dispõe para a ação didática. Dentre eles, estão os recursos humanos em que se destaca a figura do professor."

Só tem valor para a história os fatos retirados dos documentos, os únicos testemunhos do real, logo se não há documento, não há história.

Preocupa-se com os acontecimentos do cotidiano da vida humana e reconhece que há várias maneiras de marcar e viver o tempo

Procura discutir diferentes formas de investigar e interpretar a história, buscando torná-la uma história democrática e problematizadora.

É objeto de uma construção, cujo lugar não é tempo homogêneo e vazio, mas, um tempo saturado de "agoras", criticando o historicismo e o procedimento aditivo.

É uma proposta metodológica de construção da história, em que as relações passado/presente são redimensionadas numa relação dialética.