Questões sobre História do Brasil

A implantação do regime republicano, em 1889, modificou de forma substantiva as condições de vida dos fazendeiros e camponeses do interior do país.

Os sentimentos de isolamento e abandono, fortes na história sertaneja, aguçaram a esperança e o desespero dos nordestinos rurais daquela quadra histórica.

A saga de Canudos, na memória nacional, representa a reação ao padecimento social gerado pela modernização conservadora que se operou nas economias rurais nordestinas no final do século XIX.

A vida política e social que levou camponeses a acompanhar Antônio Conselheiro nos sertões do Nordeste do Brasil era sustentada por níveis elevados de formação doutrinal na religião católica.

O Império garantiu a integridade territorial e a estabilidade que beneficiava o povo e a elite.

A República nasceu com problemas herdados da crise do escravismo, como o chamado “problema negro”.

A vida político-partidária do Império, marcada por atritos ideológicos de variados matizes, convergiu, na República, para um ponto programático consensual.

Ao nascer, a República não romperia estruturalmente, de forma revolucionária, as bases econômicas agroexportadoras do Império.

O sistema eleitoral da República Velha manteve o caráter do voto censitário tal qual existia no sistema imperial.

O voto “de cabresto”, atrelado ao interesse político do patrão, do fazendeiro, do dono da terra, era uma prática generalizada na República Velha, mas foi rompida com a Revolução de 1930.

As deformações do processo eleitoral da República Velha passavam, entre outras causas, pela relativa tensão entre uma sociedade desigual e iletrada, particularmente nos setores subalternos da sociedade, e uma legislação eleitoral relativamente moderna.

A figura do “coronel”, chefe de grande base militar e dono de curral eleitoral, não era compatível com a cultura iluminista que presidia a modernização eleitoral da época.

A democracia norte-americana, uma das mais antigas do mundo, não tem tido problemas com os resultados de processos eleitorais nem sofre com a infiltração de interesses econômicos fortes e privatizados nas agendas políticas domésticas e externas do país.

O Brasil do início do século XXI eliminou completamente, das campanhas eleitorais, as formas pouco éticas e discutíveis de financiamento de campanhas políticas.

O processo eleitoral no Brasil apresenta aperfeiçoamentos, no campo da modernização eletrônica, que o distinguem dos procedimentos de várias democracias tradicionais, que ainda computam votos por via de sistema de urnas manuais.

A força do eleitor soberano é um valor menor na concepção jurídica brasileira predominante nas últimas décadas de democratização política.