Listagem de Questões sobre Geral
Com base nas aulas de história sobre a formação de identidades, tanto no século XIX como no mundo atual, e comparando essas duas imagens, o professor e os seus alunos chegaram à seguinte conclusão:
no mundo contemporâneo, as relações identitárias estão em constante deslocamento, o que impossibilita a classificação étnica das mulheres; no século XIX, era perfeitamente possível identificar a etnia pela cor da pele, pelo tipo de cabelo e pelo figurino usado.
a imagem do jornal captou fotografias de mulheres do nosso tempo que usam diferentes estilos e adornos para expressarem sua negritude; a pintura de Debret, influenciada pelo cientificismo, sugere a catalogação e classificação de diferentes tipos humanos.
a imagem do jornal reúne fotografias de mulheres negras oriundas de diferentes classes sociais; a pintura de Debret se limitou a representar negras libertas que podiam se dedicar à vaidade e, assim, alcançar o reconhecimento social.
o o jornal apresenta mulheres negras fotografadas em situações diversas; a tela de Debret, revelando a influencia de Cesare Lombroso, foi construída para associar as características das negras com as suas potencialidades para cometer crimes.
Considerando os dois documentos, o professor mostrou a aluna que, a partir do caso de Maria Quitéria, podemos inferir que, no processo de luta pela independência do Brasil. Ocorreu a
atuação de mulheres que tinham dificuldades para se portarem nos espaços privados e públicos, pois perdiam a feminilidade durante as experiências de guerra.
participação de mulheres que foram atraídas para o movimento mais por um sentimento de paixão ativistas do que pelo amor à pátria.
presença ativa de mulheres que ocupavam os espaços públicos e privados com gestos, figurinos e adornos tipicamente femininos.
incorporação, pela historiografia tradicional, do decisivo papel da mulher nas decisões políticas de maior relevância.
Ao abordar o tema “Primeira República no Brasil”, o professor utiliza material publicitário de uma exposição fotográfica recente e trecho de periódico de época a fim de abordar as relações entre república e modernidade no contexto do início do século XX.
Ao compreender o papel dessas grandes exposições no início do século XX, os alunos podem deduzir, com o auxílio do professor, que esse evento, no Brasil,
exaltava os significativos avanços da economia brasileira, sobretudo na industrialização e implementação de políticas voltadas para o desenvolvimento socioeconômico da nação.
traduzia a preocupação internacional com o desenvolvimento dos povos e com os processos de exclusão social trazidos pela Belle Époque.
divulgava para a opinião pública das grandes cidades o sucesso da vocação agrária brasileira, demonstrando o crescimento do país em razão da consolidação da economia cafeeira.
tinha por objetivo criar um sentimento patriótico nos brasileiros e dar visibilidade internacional a prosperidade material e cultural que alcançara a moderna República.
Para discutir a participação de Vargas na sociedade brasileira, o professor resolveu trabalhar com uma letra de música, reproduzida a seguir.
Considerando o período em que Vargas dirigiu o Brasil, o professor interpretou corretamente que a partir dessa letra musical, era possível identificar
a ironia do compositor sobre a ação manipuladora de Vargas para com as classes populares que, iludidas pela imagem de “pai dos pobres” e de grande líder da pátria brasileira, apoiaram integralmente o “queremismo” em 1945.
a crítica sutil feita por Chico Buarque ao Regime Militar, tendo em vista que a letra foi composta, em 1983, a partir de metáforas sublimadas que exaltam uma outra forma de poder para confrontar com os abusos instituídos no país a partir de 1964.
a percepção do compositor sobre o apoio popular conquistado pelo presidente Vargas no seio do operariado, em razão da criação de leis trabalhistas, como o salário mínimo e a regulamentação da jornada de trabalho.
o elogio feito por Chico Buarque à capacidade de articulação e isenção política de Vargas, que exercitou essa habilidade na mediação de conflitos entre as classes sociais e nas negociações internacionais que envolviam o Brasil.
Durante discussão em sala de aula a respeito do movimento modernista, difundido no Brasil a partir das primeiras décadas do século XX, uma parte da turma externou sua incompreensão em relação a algumas obras representativas desse movimento. Para ampliar a reflexão sobre a temática, foi proposta a análise da tela Abaporu, de 1928, de Tarsila do Amaral.
A imagem selecionada para análise é representativa do movimento modernista no país, na medida em que
sugere a supremacia da arte nacional em detrimento das concepções artísticas importadas, ao rejeitar expressões estéticas convencionais.
expressa a teoria antropofágica, cujo conceito central consistia na proposital deformação dos traços da figura humana, reveladora da criatividade brasileira.
expõe uma proposta estética renovadora de caráter regionalista em evidente contraposição aos movimentos internacionais da arte de vanguarda.
promove a releitura de certa obra artística europeia a partir de sua incorporação a um cenário permeado por elementos naturais nativos.
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