Questões de História do ano 2005

O que caracteriza a escravidão é o trabalho compulsório sem remuneração, e, no Brasil colonial, negros que receberam concessões de terras para cultivo autônomo tiveram extinta sua situação jurídica de escravo.

Além de serem propriedade de outrem, a quem estão submetidos sua vontade e o seu trabalho compulsório, a condição do escravo é hereditária, regulada juridicamente pelo Estado e constitui classe social.

O que caracteriza a escravidão é a conjugação de trabalho compulsório com maus-tratos físicos.

A condição de escravo incapacita juridicamente o indivíduo, que podia ser submetido a maus-tratos pelo seu senhor, mas o Estado não podia condená-lo à prisão, porque ofenderia o direito do senhor ao seu trabalho.

A condição de escravo é uma desumanização que transforma o homem numa coisa, mas é absolutamente individual.

As comunidades indígenas do Brasil e das planícies norte- -americanas praticavam a coleta e a agricultura de subsistência, organizada na divisão sexual do trabalho.

As terras do Estado e do clero, entre os incas, eram cultivadas pelos integrantes dos ailus em regime de servidão coletiva, que também forneciam a mita para a construção e conservação das obras públicas e da estrutura urbana.

O Estado, no modo de produção asiático, mantinha o camponês em submissão, mas não se ocupava de sua defesa, que ficava a cargo da coalizão de aldeias, em caso de agressão externa.

Os maias são conhecidos como "os gregos da América", por não terem constituído um império e se organizarem em cidades-Estados independentes que controlavam aldeias ao seu redor.

As comunidades de aldeia astecas pagavam o imposto devido pela servidão coletiva na produção de alimentos e forneciam trabalhadores para a construção e conservação da estrutura urbana.

A Reforma, embora começando revolucionária, tornou-se reacionária ao rejeitar o absolutismo, buscando substituir a Igreja Católica no domínio sobre os camponeses.

Para os adeptos da Contra-Reforma, a visão pagã do homem, o culto do corpo humano, o individualismo e o amoralismo expandiram-se em função das idéias e práticas humanistas.

Após um início vitorioso, os tempos ficaram mais difíceis para os protestantes, pela incompatibilidade entre suas idéias e o absolutismo monárquico.

O conhecimento das práticas corruptas do clero, mais do que transformações materiais técnicas e ideológicas, agrediu o profundo moralismo dos reformadores.

A Contra-Reforma representou a coexistência com o fato consumado do relativo sucesso de Lutero e a solidificação dos interesses feudais, em resistência ao verdadeiro inimigo: o calvinismo, defensor da ética capitalista.

Esses movimentos não produziram uma doutrina, por se basearem na emoção e no irracionalismo.

O fascismo italiano teve em comum com o nazismo o nacionalismo, o anticomunismo e o antiliberalismo, enquanto o neonazismo é evidentemente racista.

O racismo, fundamental no nazismo, esteve ausente do fascismo italiano, e no neonazismo é ocasional, de acordo com o crescimento ou a retração das correntes migratórias nas últimas décadas.

O nazismo alemão e o seu racismo, longe de ser irracionalista, baseou-se na ciência, buscando apoio na eugenia e nas últimas constatações da genética.

O neonazismo é um fenômeno transitório da globalização e não tem sido combatido pelos governos ocidentais devido à sua capacidade limitada de produzir danos à democracia e aos direitos individuais.

se somente a afirmação I estiver correta.

se somente a afirmação II estiver correta.

se somente as afirmações I e II estiverem corretas.

se somente as afirmações I e III estiverem corretas.

se somente as afirmações II e III estiverem corretas.