Listagem de Questões sobre Geral
Da bacia de Campos se extraem cerca de 90% do petróleo produzido no Brasil. Tem-se que, nessa bacia,
a linha de charneira, representada pela falha de Campos, separa a porção leste mais espessa de depósitos do Cretáceo, da porção oeste da Bacia, onde sedimentos do Terciário depositam-se diretamente sobre o embasamento.
basaltos neocomianos, intercalados com rochas sedimentares e vulcanoclásticas, formam o embasamento comercial e não têm nenhum interesse exploratório.
a tectônica salífera foi fundamental para a formação de rotas de migração dos hidrocarbonetos que se acumularam nos turbiditos de águas profundas do Aptiano.
os principais reservatórios atualmente explorados são carbonatos de águas rasas e lacustres, formados em ambientes hipersalinos.
os horsts, como o Alto Regional de Badejo e o Alto Externo, são estruturas do embasamento, que dificultaram grandemente a migração do petróleo na bacia.
A bacia de Pelotas, no extremo sul da margem continental do Brasil, pode ainda ser considerada uma área de fronteira exploratória, em função do escasso conhecimento atual sobre essa bacia. Sobre a bacia de Pelotas, afirma-se que
há ausência de estruturas afetando sua seção pós-rifte, o que constitui uma das maiores dificuldades exploratórias, em função da ausência de claras armadilhas estruturais.
seu embasamento, em sua porção mais externa, apresenta uma profusão de refletores mergulhantes em direção ao oceano (Seaward Dipping Reflectors) que têm sido associados à natureza vulcânica da margem continental nesta porção meridional do Brasil.
seu registro sedimentar tem início com a deposição da supersequência rifte, com os depósitos vulcânicos síncronos à formação Serra Geral.
importantes depósitos carbonáticos de idade pós-paleocênica são encontrados na porção proximal dessa bacia, enquanto que, em águas profundas, se desenvolvem os espessos depósitos de folhelhos e turbiditos que caracterizam o leque submarino do Rio Grande.
desde o Eoceno a sedimentação em águas profundas registra a deposição dominantemente lamosa, em ambiente tranquilo, de baixa energia, com pouco ou nenhum retrabalhamento do fundo submarino.
Os sistemas petrolíferos incluem as rochas geradoras, os reservatórios e as armadilhas de acumulação. No que diz respeito aos reservatórios de petróleo, tem-se que
qualquer rocha porosa pode constituir um bom reservatório.
os carbonatos são péssimos reservatórios de petróleo, em função da facilidade de dissolução e reprecipitação do carbonato de cálcio das rochas durante a diagênese, o que causa a diminuição de porosidade.
a porosidade de um reservatório siliciclástico diminui com o selecionamento dos grãos e com sua maturidade, portanto, os arenitos arcoseanos, formados em depósitos de barras de rios entrelaçados em ambientes semiáridos, têm pior probabilidade de formar bons reservatórios do que os arenitos líticos de leques aluviais em regiões vulcânicas.
a porosidade primária dos reservatórios siliciclásticos é controlada, em grande parte, pelo ambiente deposicional, enquanto a porosidade secundária é resultante das modificações das condições climáticas durante a deposição.
a intensidade e a orientação das fraturas, nos reservatórios fraturados, são importantes fatores no controle da permeabilidade, pois afetam a isotropia dos reservatórios.
catagênese ocorre na fase inicial de maturação da matéria orgânica, quando há formação de metano, por processos abióticos e por decomposição bacteriana da matéria orgânica.
catagênese ocorre nas condições existentes no campo C da figura, sendo a fase final de maturação da matéria orgânica, quando inicialmente é gerado o gás e, posteriormente, o petróleo.
metagênese ocorre na fase final de maturação da matéria orgânica, como ilustrado no campo C, que culmina com a formação da grafita.
metagênese ocorre sob condições de baixa temperatura e pressão, gerando principalmente hidrocarbonetos com alta razão hidrogênio/carbono, conforme as condições existentes no campo A da figura.
liberação de metano, dióxido de carbono e água ocorre durante a diagênese sob as condições ilustradas no campo B da figura.
a migração primária é o deslocamento do hidrocarboneto entre a rocha geradora e a rocha reservatório, como indicado pelas setas grandes e brancas na figura.
as acumulações de óleo e gás geralmente estão estratificadas, indicando que inicialmente o gás e posteriormente o óleo foram expulsos da rocha geradora.
a migração secundária entre a rocha geradora e a armadilha de acumulação de hidrocarbonetos só acontece após eventos de deformação que permitem a formação de novas rotas de migração de óleo e gás, como indicado pelas setas pequenas na figura.
a migração secundária dentro do reservatório promove a acumulação de óleo na armadilha.
com o soterramento progressivo e a maturação do querogênio há, inicialmente, a formação de óleo e, posteriormente, de gás, promovendo a migração primária do óleo e a migração secundária do gás em direção à armadilha.
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