Listagem de Questões sobre Geral
Considere as seguintes propostas de soluções para o caso de geração de lodo em Estação de Tratamento de Água em uma empresa:
I. Mudança no processo de tratamento, mudança de tecnologia, reúso da água e de reciclagem dentro do processo (circuito fechado). Estas mudanças poderiam reduzir a quantidade de lodo produzido.
II. Destinação do lodo gerado por meio de lançamento em corpo d’água, em condições controladas e atendendo legislação pertinente, destinação a aterro sanitário adequado, aplicação no solo e valorização do lodo para aplicação em tijolos refratários e pavimentação de estradas, entre outros usos.
III. Constituição de grupo de trabalho em agência estadual de controle ambiental para a discussão de normas visando à padronização de procedimentos para a redução do lodo em Estações de Tratamento de Água no Estado.
Embora estas propostas possam ser consideradas complementares para a solução do problema, elas apresentam abordagens diferentes, relacionadas às mudanças nas visões sobre soluções para os problemas ambientais. Considera-se como de tecnologia mais limpa e de prevenção à poluição o que se afirma em:
I, II e III.
I, apenas.
III, apenas.
I e II, apenas.
I e III, apenas.
A proliferação de macrófitas tem sido um dos problemas frequentemente observado nos ecossistemas aquáticos de água doce, sendo especialmente preocupante quando ocorre captação de água nestes sistemas. Resultados de pesquisas brasileiras indicam que as espécies estudadas apresentaram maiores taxas de crescimento, em ganho de biomassa, principalmente se ocorrerem em concentrações elevadas de formas assimiláveis de nitrogênio e fósforo na água. Estes resultados indicam que a abordagem do problema deve levar em consideração conceitos da ecologia de ecossistemas.
As altas concentrações de nitrogênio e fósforo na água foram relacionadas ao ganho de biomassa das macrófitas. A assimilação de nutrientes pelos autótrofos, sendo característica dos ciclos biogeoquímicos, independe do fluxo de energia nos ecossistemas.
A energia foi transferida da biomassa das macrófitas para o nível trófico secundário ao ser incorporada na alimentação de herbívoros. Quando considerado um intervalo de tempo, essa produtividade é considerada do tipo secundária.
O enriquecimento de nitrogênio tem sido associado exclusivamente à eutrofização e ao aumento de produtividade primária em ambientes de água doce. A importância do fósforo nesse processo seria secundária, se existente.
As macrófitas, através da fotossíntese, convertem energia radiante em energia química. Parte dessa energia química é armazenada na forma de matéria orgânica nos tecidos das plantas e parte é consumida no processo de respiração.
Os experimentos mencionados avaliaram ganho de biomassa nas macrófitas, resultando em seu crescimento mais acelerado. A produção de nova biomassa por autótrofos é a denominada produtividade primária bruta, um dos processos ecossistêmicos.
Trabalhando no Lago Caddo, na região subtropical localizada entre os estados da Louisiana e do Texas dos EUA, Chumchal e colaboradores (2011) encontraram diferentes concentrações de metilmercúrio em tecidos biológicos de invertebrados, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos. Valores de metilmercúrio encontrados permitiram aos pesquisadores indicar quais grupos de espécies estariam mais ameaçados pela contaminação.
Os denominados predadores de topo, localizados nos níveis tróficos superiores, apresentariam as maiores concentrações de metilmercúrio, pois é conhecida a correlação positiva entre nível trófico e concentração de contaminantes, como metais pesados e pesticidas.
Os invertebrados que vivem associados aos sedimentos do lago, componente do ambiente que mais acumula metilmercúrio, apresentarão as maiores concentrações de metilmercúrio, pois são consumidores de detritos que contêm o contaminante.
As algas e invertebrados que constituem, respectivamente, o fitoplâncton e o zooplâncton, vivendo na coluna d’água do lago, apresentarão as maiores concentrações de metilmercúrio, pois estão nas bases das cadeias alimentares que integram o ecossistema.
Os anfíbios que habitam o lago são potencialmente o grupo que corre maior risco de contaminação, pois possuem fase inicial de vida aquática, na qual entram em maior contato com altas concentrações de metilmercúrio.
Os organismos piscívoros seriam os mais afetados pela contaminação, pois os peixes de suas dietas têm altas concentrações de metilmercúrio, como resultado de seus processos fisiológicos de respiração, baseado na filtração da água contaminada.
Dentre as forças indutoras de mudanças em comunidades ecológicas, as ações humanas se tornaram uma das mais fortes. Para a compreensão mais precisa dos efeitos dessas ações, ecólogos têm destacado a necessidade da proposição de modelos ecológicos que, por exemplo, descrevem os processos de mudanças na composição de espécies ao longo do tempo. Para isso, vários estudos têm sido realizados.
Leia atentamente os relatos de três desses experimentos:
− Poços e lagos recém-formados e isolados foram colonizados por anfíbios com grande rapidez após a erupção do Monte Santa Helena (EUA), ocorrida em 1980. A riqueza de espécies de anfíbios aumentou por 10 anos consecutivos, mas nunca atingiu os valores pré-erupção. Esse índice permaneceu estável por mais 6 anos, com um pequeno declínio nos últimos 4 anos.
− Uma enchente destruiu a maioria dos organismos de um riacho do deserto do Arizona (EUA). Em apenas 20 dias após esse distúrbio, a diversidade de algas atingiu valores máximos. Já a diversidade de invertebrados demorou entre 30 e 40 dias para atingir um máximo. Tanto a diversidade das algas quanto a dos invertebrados declinou após atingirem os valores mais elevados do período de estudo.
− Aberturas experimentais de espaços em costões rochosos do sul da Califórnia provocaram a colonização de várias espécies de algas vermelhas. Apesar do elevado número de espécies detectadas logo após terem sido abertos os espaços, foi observado um declínio deste índice. A causa foi a dominância gradual e consequente exclusão competitiva exercida por uma única espécie sobre as demais.
Considerando a instalação de uma represa e o impacto decorrente da inundação sobre comunidade de peixes, as descrições dos três experimentos e o conhecimento da Ecologia sobre a dinâmica das comunidades, é correto afirmar:
As previsões dos impactos na ictiofauna são fundamentadas no conceito de capacidade de suporte.
As interações entre espécies de peixes não afetam os padrões de dominância da comunidade.
A nova composição da ictiofauna será independente do grau de destruição provocado pela inundação.
A elevação da diversidade de peixes pode ter sido consequência do impacto da inundação.
As alterações na riqueza e dominância de espécies não afetam os índices de diversidade de peixes.
Um sistema de abastecimento de água deve ser projetado, construído e operado de maneira que a qualidade da água distribuída não oscile significativamente. Sua operação deve ser controlada para que o próprio sistema, ou um ou mais de seus componentes, não seja, em si, impactante para a bacia hidrográfica onde se localiza.
Assim, é importante que:
− o monitoramento da água dos mananciais seja constantemente revisto para que inclua, por exemplo, os denominados contaminantes emergentes;
− as estações de tratamento da água tenham tecnologias e procedimentos adequados à qualidade da água bruta que recebem e desempenhem melhoria contínua sobre o controle e a mitigação de seus impactos ambientais.
A integração destas ações visa manter a compatibilidade da qualidade da água bruta com o processo de tratamento de água, garantindo a segurança do sistema de abastecimento, sem deixar de atender aos preceitos de qualidade ambiental.
Com base nesse contexto, é INCORRETO afirmar:
Caso a água de lavagem de filtros de Estação de Tratamento de Água apresente valores superiores a 0,5 mg/L para chumbo total (Pb), esse efluente não poderá ser lançado em corpo hídrico, de acordo com a Resolução CONAMA 357 de 2005.
Reservatórios com elevadas concentrações de Ferro (Fe) e Manganês (Mn) podem induzir à decisão de pré-cloração, porém esse procedimento não é recomendado dada a formação de trihalometanos (THM).
As substâncias conhecidas como disruptores ou interferentes endócrinos não são mencionadas na Portaria 518 de 2004 do Ministério da Saúde, mas poderiam ser incluídas em programas de monitoramento de mananciais, pelo princípio da precaução.
Estações de tratamento de água do tipo convencional ou filtração direta têm apresentado problemas de redução da qualidade da água produzida quando concentrações importantes de microalgas e cianobactérias estão presentes em seus mananciais.
A remoção ou inativação das microalgas e cianobactérias com o pré-tratamento da água bruta com cloro seria possível, uma vez que é comprovada a inexistência de queda na qualidade d’água produzida quando este procedimento é adotado.
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