Questões de Educação Artística do ano 2007

O EIDAP é um encontro anual cuja programação é composta de espetáculos, palestras, fóruns, debates e workshops relacionados exclusivamente à dança no Pará.

Uma característica peculiar do EIDAP é a mostra competitiva para artistas portadores de necessidades especiais, caracterizando-se, dessa forma, como um evento que apresenta uma proposta inclusiva.

Na edição de 2006, além das premiações da Mostra Competitiva de Dança, do prêmio SECULT, do prêmio Novos Talentos e das premiações Especiais, foi também contemplado um prêmio destinado ao Folclore do Pará.

Na edição de 2006, houve espaço para participação de crianças por meio da mostra de dança infantil.

A ousadia presente na coreografia e na interpretação dos bailarinos não foi acompanhada pelos cenógrafos, uma vez que os cenários, de cunho naturalista, ainda buscavam inspiração na imitação do real.

Os cenários foram projetados tanto por artistas plásticos russos quanto pela vanguarda européia, como Picasso, Braque, Matisse e Miró.

A cor, empregada como linguagem expressiva, foi um dos elementos que romperam com a idéia de cenografia como sinônimo de decoração.

Apesar do sucesso de público, a cenografia empregada recebeu críticas, principalmente porque chamou demasiada atenção em detrimento de outros elementos do espetáculo.

Vem da cultura portuguesa, que, já no século XV, registrava a difusão de lendas como a da existência de golfinhos que se transformavam em homens bonitos e viris, os quais seduziam as mulheres dos portos de Lisboa.

Trata-se de uma tradição que influenciou a população amazônica a partir do século XVII trazida pelos africanos. Representava, no sentido masculino, o mito de Iemanjá, conhecida como a rainha das águas.

Foi criado pelos jesuítas portugueses que, preocupados com o abuso sofrido pelas indígenas no período da colonização, difundiram a idéia de que os homens poderiam representar perigo para as mulheres.

É um desdobramento de lendas e crendices da cultura indígena brasileira. Na região amazônica, onde a presença das águas determina toda a vida da região, o mito do boto está ligado à fecundidade.

De maneira geral, os artistas modernistas brasileiros buscaram compreender a cultura nacional e sintonizá-la com o contexto internacional.

Entre os modernistas, o artista Di Cavalcanti foi resistente ao uso de elementos iconográficos e temáticas nacionais em suas obras.

Na obra de Tarsila do Amaral, intitulada Abaporu, está expressa a idéia do multiculturalismo nacional.

Temas da cultura popular e indígena mexicana eram recorrentes nos murais pintados pelo artista Diego Rivera.