Questões de Biblioteconomia do ano 2010

Todo processo de rotina é constituído por um conjunto de causas que produzem um efeito. As causas que compõem um processo não são apenas as que são conhecidas e controladas, mas também as que não se conhecem e não se controlam.

Toda unidade de informação possui inúmeros fluxos de produção, que se repetem diariamente, sendo chamados de processos repetitivos os que compõem esses fluxos.

Implantar uma rotina significa implementar o gerenciamento dos processos e delegá-lo ao seu operador.

A consistência, a repetibilidade e a rapidez na execução de uma tarefa ou atividade são diretamente proporcionais às ferramentas de trabalho disponíveis, sejam estas automatizadas ou não.

Todas as bibliotecas têm o objetivo diário de promover novos conhecimentos a sua comunidade acadêmica, sendo este o único meio seguro para garantir que continuem a existir.

A expressão de busca II apresentará como resultado o conjunto formado pela união dos conjuntos de documentos que tratam de água, abastecimento ou fornecimento.

A expressão de busca I apresentará como resultado o conjunto de documentos que tratam de água e também de abastecimento, além de todos os documentos que tratam de fornecimento.

A expressão de busca I apresentará como resultado o conjunto formado pela interseção entre o conjunto de documentos que tratam de água e o conjunto de documentos que tratam de abastecimento ou de fornecimento.

As expressões de busca I e II são equivalentes e apresentarão necessariamente como resultado o mesmo conjunto de documentos.

As expressões de busca I e II são distintas, sendo que a expressão I apresentará necessariamente como resultado um conjunto maior de documentos que a expressão II.

Comportamento informacional é todo comportamento humano relacionado às fontes e aos canais de informação, incluindo a busca ativa e passiva de informação e o seu uso.

Entre as variáveis que influenciam no processo de busca da informação, estão as pessoais, étnicas, emocionais, educacionais, demográficas, sociais, religiosas, econômicas e aquelas relativas às fontes de informação.

Por conta dos avanços nas tecnologias e nos sistemas de informação a partir da década de 80 do século XX, os estudos sobre comportamento e necessidades informacionais deixaram de enfatizar a perspectiva do usuário e passaram a valorizar os sistemas de informação propriamente ditos. Ao mesmo tempo, os métodos quantitativos passaram a ser mais utilizados nesse tipo de estudo em substituição aos qualitativos.

No âmbito da biblioteconomia e da ciência da informação, estudos de uso e estudos de usuários são expressões sinônimas que dizem respeito à identificação, ao entendimento e à tradução das necessidades e dos comportamentos informacionais dos usuários.

A abordagem da informação com valor agregado de Taylor, a abordagem do processo construtivista de Kuhlthau, o modelo de comportamento informacional de Wilson e a Lei de Bradford são modelos teóricos que fundamentam os estudos de usuários qualitativos.

Estudos de usuários são indicados para bibliotecas convencionais, enquanto estudos de comportamento informacional são realizados no contexto de serviços de informação em ambiente digital, como bibliotecas digitais e repositórios institucionais.

Questionário, entrevista, observação e análise do conteúdo são métodos de análise de dados quantitativos amplamente utilizados em estudos de usuários.

Entre as variáveis que influenciam as necessidades de informação dos usuários, aquelas relacionadas a fatores demográficos dizem respeito à situação da necessidade específica, premência interna e externa, grau de urgência e complexidade, ou seja, as de fácil ou de difícil solução.

Com a intenção de identificar e entender as necessidades e o comportamento informacional, a abordagem do Sense-Making, de Brenda Dervin, enfatiza o aspecto processual de construção da informação pelo indivíduo e considera que, na busca de criação de significado, as pessoas se movem ao longo de um continuum de tempo-espaço em constante mutação.

As proposições da abordagem do estado anômalo do conhecimento sugerem que as necessidades de informação têm sua gênese nas necessidades fisiológicas, cognitivas e afetivas dos indivíduos, não se tratando, portanto, de necessidade primária, mas sim secundária.

No contexto da avaliação de serviços de informação, a relação custo-benefício refere-se à otimização na alocação de recursos, ou seja, quanto melhor a alocação de recursos, melhor será a qualidade do serviço que se consegue com determinado volume de gastos.

Mais do que um instrumento prático de administração, a avaliação deve ser vista primeiramente como um exercício intelectual a ser realizado por gerentes de bibliotecas.

A aplicação do termo obsolescência ao material de bibliotecas refere-se à desatualização das informações inscritas nos documentos. Tal fenômeno é claramente observável em livros da área de ciência da computação, engenharia de redes e mecatrônica.

A avaliação de um serviço de informação pode ser subjetiva ou objetiva. Muito embora os estudos de avaliação subjetivos sejam importantes, a avaliação terá sua utilidade máxima se for realizada por meio de estudos objetivos, ou seja, analítica, diagnóstica e com resultados quantificáveis.

As coleções de referência frequentemente são objetos de avaliação das bibliotecas, sobretudo por conta da facilidade de coleta de dados de uso com o emprego, por exemplo, do método de marcas nas lombadas das fontes de referência deixadas sobre as mesas pelos leitores.