Listagem de Questões sobre Geral
NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 16 A 40, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.
O conceito de estrutura tem sido largamente discutido por teóricos da antropologia moderna. Especificamente Radcliffe-Brown e Lévi-Strauss deram significativas contribuições, ao estudar tais conceitos em suas diferentes teorias. Para Radcliffe-Brown, o termo estrutura significa o conjunto das relações sociais produzidas em uma dada sociedade. Já para Levi-Strauss, o termo significa uma matriz ou modelo de investigação, criado pelo pesquisador, tendo como matéria-prima as relações sociais.
Com base nos conceitos dos dois autores acima citados, é correto afirmar:
Radcliffe-Brown faz uso de um modelo paradigmático empirista e Lévi-Strauss, de um modelo racionalista
Radcliffe-Browm e Lévi-Strauss, apesar de conceituarem estrutura de forma diferente, ambos fazem uso do mesmo modelo paradigmático.
Radcliffe-Brown faz uso de um modelo paradigmático racionalista e Lévi-Strauss, de um modelo empirista.
nenhum dos autores se prende a modelos paradigmáticos quando do estudo da noção de estrutura social.
Assim como na maioria das ciências, os antropólogos, ao realizarem suas pesquisas, filiam-se a determinadas escolas buscando uma coerência teórica. Esse fato permite a compreensão e verificação do crescimento da ciência antropológica ao longo do tempo. Nesse sentido, pode-se dizer que os evolucionistas do século XIX, baseados nas idéias de Darwin, defendiam a tese de que a sociedade humana passara pela mesma sucessão de estágios em toda a parte do mundo, até atingir a perfeição da sociedade inglesa do século XIX. Esse entendimento de superioridade da Inglaterra vitoriana, sobre as demais culturas, é denominado:
Evolucionismo.
Etnocentrismo.
Empirismo.
Exclusivismo.
Rejeitando os pressupostos evolucionistas que diziam ser as similaridades culturais resultado de algumas causas básicas e subjacentes, uma vez que a mente humana reagia de modo semelhante quando confrontada com situações ambientais similares, a escola americana de antropologia, do século XIX, propõe que as similaridades culturais podem ser produto de diferentes fatores históricos, ambientais e psicológicos. Portanto, traços de cultura similares análogos entre povos distantes, poderiam indicar uma fonte histórica comum, mas de origem independente, sendo o método indutivo o melhor caminho para compreender tais questões. O defensor dessas idéias é:
Leslie White.
Lewis Henry Morgan.
Franz Uri Boas.
Edward Burnett Tylor.
Uma das referências mais constantes na bibliografia antropológica atual é Clifford Geertz. Antropólogo americano, enquadrado por alguns como um antiteórico, que propõe a busca de relações sistemáticas entre fenômenos diversos e não identidades substantivas entre fenômenos similares. Criador da teoria interpretativista, sugere que:
ao estudar um grupo social deve-se manter uma postura etnocêntrica.
estudar a cultura é examiná-la em momento único na história, ou como algo existente fora da história.
estudar a cultura de um dado contexto social é estudar o significado dos símbolos partilhados pelos seus integrantes
o estudo de grupos sociais deve ser desenvolvido de modo sincrônico.
Entre os expoentes da escola inglesa de antropologia destaca-se como etnógrafo Bronislaw Gaspar Malinowski. Segundo ele, o etnógrafo deve analisar com seriedade e moderação todos os fenômenos que caracterizam cada aspecto da cultura nativa, sem privilegiar aqueles que lhe causam admiração ou estranheza em detrimento dos fatos comuns e rotineiros. Deve, ao mesmo tempo, perscrutar a cultura nativa na totalidade dos seus aspectos. A lei, a ordem e a coerência que prevalecem em cada um desses aspectos são as mesmas que os unem e fazem deles um todo coerente. O etnógrafo, por exemplo, que se propõe a estudar apenas religião, ou somente a tecnologia, ou exclusivamente a organização social, estabelece um campo de pesquisa artificial e acaba por prejudicar seriamente o seu trabalho. Diante do exposto, fica clara a posição do autor no que concerne à concepção de cultura como:
resultado de aspectos históricos ou temporais.
um signo lingüístico.
um todo funcionalmente integrado.
satisfação de necessidades sociais.
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