O historiador Philippe Ariès é considerado o pioneiro no

#Questão 943640 - Pedagogia, Educação Infantil, UniRV - GO, 2023, Prefeitura de Rio Verde - GO, Professor de Educação Básica II (PEB II) – Ensino Fundamental e Educação Infantil

O historiador Philippe Ariès é considerado o pioneiro no campo da História a trazer a infância como objeto de estudo. Segundo o autor, até o século XII, a arte medieval desconhecia a infância. As crianças eram representadas nas obras como homens miniaturizados, sem nenhum traço de infância, revelando que o universo infantil não se distinguia do mundo adulto. No fim do século XVI e ao longo do século XVII, a sociedade passava por uma reforma nos costumes, que ocasionou o surgimento do “sentimento moderno de infância”.0
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 3. edição. São Paulo: LTC, 2021.
Considerando as concepções de infância dentro do contexto da Idade Média e Moderna, abordadas por Ariès, marque a alternativa incorreta:

A) O movimento da “paparicação” foi identificado de forma mais explícita nas classes sociais mais abastadas (na aristocracia), em que as crianças foram sendo consideradas a partir de certa especificidade, que se verificou, por exemplo, por meio de um vestuário próprio para sua faixa etária e da preocupação com a saúde, os cuidados e o atendimento às suas vontades.

B) O termo "paparicação" pode ser definido como o surgimento de um novo sentimento da infância em que a criança, por sua ingenuidade, gentileza e graça, era protegida e impedida de se tornar uma fonte de distração e de relaxamento para o adulto. Assim, os cuidados destinados pela paparicação conduziam as crianças a um processo educativo que as direcionava para aprendizados de disciplina, autocuidado, independência, construção de sua identidade contribuindo para uma vida adulta mais saudável.

C) O período da “paparicação”, demarcou o surgimento de uma nova mentalidade em relação a criança, na Europa, especificamente no contexto francês, que possibilitou a construção da moderna ideia de infância.

D) Ainda no século XVI, as crianças não eram vistas como crianças, mas como “adultos em corpos infantis”, suas vidas estariam entregues à própria sorte; um retrato real da ausência da percepção do adulto sobre a infância.

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