No que se refere a ciclos biológicos de invertebrados ca...
Os protozoários parasitos pertencentes a divisão Kinetoplastea (ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae) do gênero Leishmania são agentes zoonoticos que infectam eventualmente a espécie humana nas regiões de clima tropical e subtropical, causando doenças do sistema fagocítico mononuclear (SFM). Apresentam duas formas durante o seu ciclo vital, a foma antagonista (parasitismo intracelular em tecidos de vetebrados) e a forma promastigota (desenvolvimento no tubo digestivo ou em meio de culturas).
NOS HOPEDEIROS VERTEBRADOS
Os protozoários flagelados habitam vacúolos digestivos ou fagossomos de macrófagos. Apresetam tamanho de aproximadamente 2 a 6 µm de comprimento por 1,5 a 3 µm de largura. A reprodução é por divisão binária simples e a medida em que o número de parasitos aumentam no interior do macrófago parasitado, ocorre a danificação citoplasmática da célula hospedeira até o rompimento da membrana e morte celular. Com o rompimento do macrófago parasitado, inúmeros protozoários flagelados são liberados e fagocitados por novos macrófagos, assim o ciclo continua.
NOS HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS
As leishmanioses são trânsmitidas por vetores exclusivamente insetos do tipo flebotomíneo. O inseto ao picar um humano infectado, também é contaminado via a retirada de sangue ou linfa intersticial contaminados com as leishmânias, onde passarão a evoluir no interior do tubo digestivo do inseto. Na forma promastigotas, alcaçam dimensões entre 14 e 20 µm e comprimento por 1,5 a 4 µm de largura, assim como a progeção de um comprido flagelo na extemidade anterior.
O aumento do número de parasitos nas porções anteriores do estómago e o proventrículo do flebotomídeo, geralmente acarreta em uma abstrução mecânica do trato digestivo, dificultando a ingestão de sangue, induzindo o inseto faminto a picar muitos vertebrado e muitas vezes. O inseto exerce um grande esforço e contração muscular do aparelho de sucção, causando um posterior relaxamento da musculatura e regurgitação das leishmânias na pele de um novo hospdeiro vertebrado, e assim continua o ciclo.
Referência: REY, L. Parasitologia: parasitos e doenças do homem nos trópicos ocidentais. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, p. 359-366.
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