Um delegado de polícia descobriu uma quadrilha de tráfico...
Comentário do Prof. Marcelo Sales:
A questão versa acerca da ética sob a visão modernista. Nesse contexto, o maior pensador modernista e maior expoente da teoria ética do modernismo chama-se Immanuel Kant. Para ele, a lei moral deveria ser universalizável, isto é, uma máxima (aquilo que é subjetivo e está no íntimo do individuo), na qual as decisões seriam tomadas pela ética do universal e poder-se-ia averiguar se as ações são moralmente boas ou não. Vejamos o que dizem Giovanni Reale e Dário Antiseri (História da Filosofia: de Spinoza a Kant. São Paulo: Paulus, 2005. Volume 4p. 385):
Assim, elevando a máxima (subjetiva) ao plano da universalidade, ficamos em condições de reconhecer se ela é moral ou não. "Olha tuas ações pela ética do universal e compreenderas se são ações moralmente boas ou não".
Com efeito, o delegado agiu equivocadamente, pois a sua ação para com o criminoso não obedeceu ao princípio da moralidade, uma vez que agir moral, segundo princípios da ética moderna, traduz uma máxima que deve ser necessariamente universalizável.
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