Quando tratamos dos mecanismos de erosão hídrica, preci
Segundo a teoria de infiltração-escoamento proposta por Horton, o conceito de capacidade de infiltração do solo seria constante no espaço, podendo-se considerar que o escoamento superficial provinha de todas as partes da bacia. Atualmente, a teoria de escoamento superficial hortoniano refere-se ao processo de escoamento gerado em perfis de solos alterados por ações antrópicas (p.ex. bacias agrícolas e solo urbano pavimentado) ou compactados por pisoteio de animais, regiões áridas e semi-áridas (CHOW et al., 1994) ou ainda em locais onde a densidade de vegetação é baixa, fazendo com que as taxas de infiltração sejam inferiores a intensidade de chuva
A Área Variável de Afluência (AVA) realizada por Hewlett & Hibbert (1967) pode ser analisada a partir de três premissas principais: (1) as áreas saturadas atuam como únicas fontes de ?escoamento rápido?, porém absorvem parte da precipitação incidente, transformando este incremento de umidade no perfil do solo em escoamento subsuperficial, mais lento; (2) estas áreas saturadas são contíguas aos canais principais e; (3) as áreas saturadas são alimentadas pelo escoamento subsuperficial produzido a montante pela chuva incidente. Hewlett & Hibbert (1967) reconhecem ainda a dinâmica das áreas saturadas, indicando o seu tamanho variável de acordo com a intensidade do evento e condições iniciais de umidade no solo. Diversos trabalhos posteriores consolidaram o conhecimento de que o escoamento superficial seria produzido em uma pequena parte da bacia hidrográfica, cujas dimensões são variáveis no espaço e no tempo.
Fonte: Cesar Augusto Crovador Siefert. Irani dos Santos. 2012. MECANISMOS DE GERAÇÃO DE ESCOAMENTO E ÁREAS HIDROLOGICAMENTE SENSÍVEIS: UMA ABORDAGEM HIDROGEOMORFOLÓGICA PARA DELIMITAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE.
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