O modelo político adotado durante o Segundo Reinado (1840-1889) foi, por muitos historiadores, denominado de “parlamentarismo às avessas”. Ao usar o termo, os historiadores estão enfatizando que:
o Imperador escolhia o Presidente do Conselho de Ministros que, então, formava seu gabinete e depois recebia, ou não, a aprovação do parlamento , invertendo a ordem do parlamentarismo usado em países como a Inglaterra.
o Imperador definia a composição do parlamento, designando previamente o número de cadeiras para cada partido, e com isso, o Presidente do Conselho de Ministros já estaria definido antes das eleições.
o Imperador não tinha influência na escolha de representantes do poder executivo ou legislativo, tornando o “modelo parlamentar brasileiro” or iginal e diverso de out ros modelos parlamentares exercidos ao longo do século XIX.
a fraude eleitoral impedia que o modelo parlamentar fosse exercido no país de forma correta. Os resultados eram manipulados gerando gabinetes “às avessas”, ou seja, contrários à vontade da maioria.
o partido vencedor das eleições escolhia, entre os seus parlamentares, um representante para servir como Primeiro-Ministro e encarregado de formar o Conselho de Ministros, cabendo ao Imperador ratificar essa decisão do parlamento.
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