"(...) o coração da cardiologista Rosa Célia Barbosa (...) já bate por outro sonho."
"Há uma fila imensa de criancinhas cardiopatas e muitas vão embora, pois os coraçõezinhos não suportam a longa espera."
"Sem muita briga, porque criança não suporta briga. O coração da criança quer amor."
Das alternativas a seguir, indique a que contém o comentário EQUIVOCADO, ou mais IMPRÓPRIO, em relação a um ou a mais de um dos trechos acima destacados:
em "(...) o coração da cardiologista Rosa Célia Barbosa (...) já bate por outro sonho," a palavra coração (que "já bate por outro sonho") está empregada em sentido figurado, de vez que o coração, em sentido próprio, é um órgão do corpo humano, algo concreto que está no lugar de uma idéia mais abstrata, como a palavra cabeça na expressão "fulano tem cabeça", significando que fulano é sagaz
em ""Há uma fila imensa de criancinhas cardiopatas e muitas vão embora, pois os coraçõezinhos não suportam a longa espera", há uma hipérbole, como quando se diz que "fazia quase um século que a gente não se encontrava"
em "Há uma fila imensa de criancinhas cardiopatas e muitas vão embora, pois os coraçõezinhos não suportam a longa espera", os coraçõezinhos é um diminutivo empregado com valor afetivo, expressando algo como um carinho por tais crianças ("criancinhas"), mas que não se afasta demais de seu sentido próprio, tanto porque os corações das crianças são, em geral e presumivelmente (salvo condições especiais), menores do que os dos adultos, quanto porque, em se tratando de crianças cardiopatas em uma "imensa fila" de espera para tratamento, é esse órgão, o coração (ou os "coraçõezinhos") que muitas vezes "não suporta" e perece
em "Há uma fila imensa de criancinhas cardiopatas e muitas vão embora, pois os coraçõezinhos não suportam a longa espera", a expressão "muitas vão embora" é um eufemismo
em "Sem muita briga, porque criança não suporta briga. O coração da criança quer amor", cabe o entendimento de que a palavra coração está empregada em sentido um tanto figurado, de vez que não é o órgão (o coração) da criança que "quer amor", mas a própria criança; simultaneamente, e em se tratando da fala de uma cardiologista, é igualmente razoável se pensar que a palavra coração pode estar empregada em sentido próprio e, amor, em sentido relativamente figurado, de vez que o bem estar cardiológico pode estar associado a um conjunto de cuidados, ao carinho dispensado à criança, à escassez de "brigas", ao pouco "drama", à supressão dos castigos físicos
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