O jornal Folha de São Paulo introduziu com o seguinte comentário uma entrevista com o professor Paulo Freire:
“Agente cheguemos’ não será uma construção errada?” Os trechos da entrevista nos quais a Folha de São Paulo se baseou para fazer tal comentário fora as seguintes:“A criança terá uma escola na qual a sua linguagem seja respeitada (...). Uma escola em que a criança aprenda a sintaxe dominante, mas sem desprezo pela sua (...). Esses oito milhões de meninos que vêm da periferia do Brasil (...). Precisamos respeitar a sua sintaxe mostrando que sua linguagem é bonita e gostosa. E mostrando tudo isso, dizer a ele: mas para tua própria vida, tu precisas dizer ‘a gente chegou’ em vez de dizer ‘a gente cheguemos’. Isso é diferente, ‘a abordagem’ é diferente. É assim que queremos trabalhar, com abertura, mas dizendo a verdade.”
Qual é a posição defendida pelo professor Paulo Freire com relação à correção dos erros gramaticais na escola?
Defende o respeito à linguagem que o aluno aprende no seu meio social, onde é utilizada, sem deixar de somar a ela outra norma comum à classe dominante escolarizada, adequando ao seu contexto de sobrevivência;
Defende que a na língua existe certo e errado e que cada criança tem que se adequar à norma culta falada;
Defende que a criança não deve aprender em seu meio social, sem regras, e sim somente a norma culta na escola;
Defende que a norma culta promove uma ascensão social, pois a criança estará condenada se não dominá-la.
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