Comparando-se os sonetos líricos, nos quais o Amor é um protagonista fundamental, com Os Lusíadas, em que também o Amor mítico está presente (como no episódio de Inês de Castro), comprova-se que, para Camões, a questão do gênero é irrelevante, pois ele trata todos os grandes temas num mesmo registro subjetivo.
O equívoco da formulação acima reside no fato
de se considerar o Amor como uma presença expressiva dentro da grande epopéia camoniana.
de que, no episódio de Inês de Castro, não há qualquer menção ao Amor como entidade mítica.
de que, também nos sonetos líricos, o poeta possa alcançar a universalização de um sentimento íntimo que é própria da épica.
de se considerar que um mesmo tema geral possa ser tratado tanto no discurso da lírica como no da épica.
de se considerar que um mesmo registro subjetivo não só está presente em gêneros distintos como também os uniformiza.
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