Emigrantes nordestinos são personagens centrais em vários textos da literatura brasileira, representadas, evidentemente, dentro do universo literário e das convicções de cada autor. Veja-se, por exemplo, que
Graciliano Ramos faz de Fabiano um porta-voz da indignação dos homens que se insurgem contra a opressão de classe e que se sacrificam em nome de seu ideal.
Euclides da Cunha faz ver em Antonio Conselheiro um mártir republicano, vítima de uma batalha desigual contra as tropas sucessivamente enviadas pelo Imperador.
João Cabral de Melo Neto vale-se de Severino como protagonista de uma narrativa poética na qual o retirante, depois dos tormentos da viagem, encontra o que buscara.
Jorge Amado, por meio da personagem Gabriela, demonstra a tese de que a força da ingenuidade e da naturalidade sobrepuja o sistema de mando do coronelismo.
Clarice Lispector, valendo-se de Macabéa, expõe a dificuldade que tem um narrador lúcido e culto em representar a experiência da opressão e do desenraizamento social.
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