A comunicação organizacional padece de um dilema congênit...

A comunicação organizacional padece de um dilema congênito: o de não saber quais paradigmas abraçar. De um lado, sofre a influência das principais teorias do campo que lhe empresta o nome: o das Ciências da Comunicação. De outro, por ser, ela mesma, uma área do conhecimento humano formada pela convergência das mais diversas disciplinas, já flertou com vários matizes de um espectro teórico muito amplo, na busca de sua identidade. Nesse leque, tem-se, por exemplo, em uma de suas pontas, a adoção de quadros explicativos advindos do funcionalismo de tipo quantitativista e, até mesmo, de um tecnicismo positivista absolutamente incompatível com a índole humanista das Ciências Sociais. Uma visão teórica que buscou, inclusive, dar ao campo o suporte matemático das ciências exatas.

Não nos esqueçamos de Shannon e Weaver, os dois engenheiros norte-americanos que, estudando interferências em transmissões telefônicas para a empresa Bell, desenvolveram um modelo que, se trouxe contribuições teóricas importantes para que se entendesse a problemática do ruído nos processos comunicacionais, esqueceu que comunicação se produz, acima de tudo, entre seres humanos e não a partir de um diálogo virtual entre máquinas; uma fórmula que não levou em conta também que aparatos tecnológicos podem, no máximo, fornecer visões complementares às teorias da comunicação.

Tendo como referência o texto acima, julgue os itens a seguir.

O modelo de Shannon e Weaver, citado no texto, faz parte das chamadas teorias apocalípticas da comunicação, aquelas que relacionam as práticas textuais com a semiótica e os estudos culturais, como o modelo semiótico-textual, aplicado ao jornalismo cultural e à crítica literária.

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